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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O carnaval não foi só folia, mais protestos contra as políticas antissociais do governo Bolsonaro. Passada a maior festa popular, as mulheres colocaram o bloco na rua numa grande manifestação, que marcou o Dia Internacional da Mulher, na sexta-feira, 8 de março. Houve passeata na Rio Branco, da Candelária à Cinelândia. Mais de 40 mil pessoas participaram da mobilização. As mulheres protestaram contra a proposta da Reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro. Na avaliação das entidades de organização social, jovens e mulheres serão ainda mais prejudicados pelo projeto, que cria regras que dificultam a aposentadoria e vão reduzir drasticamente a média dos valores dos benefícios, já considerados um dos mais baixos do mundo. Elas entoaram gritos contra o presidente Bolsonaro e contra a intolerância, a discriminação e o feminicídio, e voltaram a cobrar justiça no caso do assassinato de Marielle Franco, exigindo punição para os responsáveis pela morte da vereadora do PSOL, ainda sem resposta conclusiva das autoridades e da polícia. A Frente Brasil Popular, o Povo Sem Medo e a ala Lula Livre puxaram o slogan em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, considerado um preso político. Houve ainda apresentações de diversos grupos artísticos, além de falas importantes de movimentos de mulheres, movimentos sociais, artistas, centrais e partidos.
Novo protesto dia 22
Sob o ritmo da batucada de 150 percussionistas, o ato contou com a participação de negras com vestimentas afro, mulheres em perna-de-pau, profissionais da educação, da saúde, bancárias, petroleiras, entre outras categorias que marcaram presença, denunciando o sucateamento das relações de trabalho e os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Movimentos LGBTTIs também marcaram presença.
A multidão cantou o samba da Mangueira, campeã do carnaval deste ano, com um enredo que exalta heróis nacionais, negros, mulheres, gente do povo, ocultados pela história oficial. Todas foram convocadas a participar, no dia 22 de março, Dia Nacional de Luta contra a reforma do governo que acaba com a noção de previdência solidária.