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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato e a Contraf-CUT participam de negociação com representações dos bancos nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, para negociar uma solução a fim de que bancários que não puderam comparecer ao trabalho, surpreendidos pela suspensão do feriado na quarta de cinzas, não tenham seus salários descontados.
Decisão causa transtornos
A categoria, clientes e toda a sociedade foram surpreendidos, em plena sexta-feira de carnaval (1/3), com a notícia de que o feriado bancário da quarta-feira de cinzas, havia sido suspenso por decisão da Ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, atendendo a um pedido de liminar em ação cautelar proposta pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif). A divulgação da decisão da Ministra ocorreu após o encerramento do expediente bancário, quando a maioria da categoria já havia deixado o local de trabalho. A decisão trouxe transtornos e colocou em risco a segurança de bancários e clientes, pois houve falta de vigilantes na unidade. A falta de dinheiro para sacar também revoltou os clientes.
Muitos bancários que estavam viajando, tiveram de retornar rapidamente para trabalhar na data, feriado bancário em todo o Estado do Rio de Janeiro, conforme a Lei 8.217/2018, oriunda do Projeto de Lei 3433, de 2017, aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Aposentados prejudicados
Não foram somente os bancários prejudicados com a decisão de Rosa Weber, que além de terem sido pegos de surpresa com a notícia da suspensão do feriado, foram colocados em risco diante da falta de vigilantes em muitas unidades e também o pouco policiamento nas vias públicas da cidade. Aposentados, por exemplo, que foram às agências para sacar seus benefícios, ficaram frustrados, pois a Previdência Social, respeitando a Lei Estadual e reconhecendo o feriado, transferiu o depósito dos benefícios para quinta-feira, dia 7 der março. Clientes que tentaram sacar também não conseguiram, já que o fechamento dos cofres é eletrônico e eles haviam sido programados para abrir somente no dia seguinte ao feriado.
“Foi uma insistência descabida e irresponsável dos banqueiros, colocando em risco a vida dos bancários e da população com total falta de segurança nas agências e trazendo transtornos para a população. A decisão da ministra prejudicou todo mundo. Agora exigimos que haja um mínimo de compreensão por parte dos bancos para não descontar o dia de quem não conseguiu trabalhar”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.