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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, realizada no último dia 19 de fevereiro, em Brasília, foram restabelecidos os debates sobre o plano de saúde. Os bancários cobraram o acesso a informações, relatórios atuariais, dados e documentos. O objetivo é permitir que os trabalhadores façam uma análise aprofundada para, em conjunto com a direção da Caixa, empenhar-se na sustentabilidade do plano. Foi cobrado ainda os relatórios sobre o superávit acumulado, que a empresa prometeu apresentar na próxima reunião. Os representantes da Caixa disseram ainda que a área jurídica está elaborando um parecer sobre o fundo de reserva / fundo de contingência.
O banco apresentou os dados da Central de Atendimento mostrando que houve melhora no serviço. Os trabalhadores informaram que apesar da evolução ainda existem muitas reclamações da Central de Atendimento, em especial referente aos prazos de autorização e reembolso. Foi solicitado que as unidades de pessoal (GIPES/REPES) possam fazer atendimento presencial nos casos excepcionais.
Trabalhadores descobertos
Outro ponto exigido foi a garantia de assistência aos empregados contratados após 31 de agosto de 2018, que estão descobertos e não recebem o reembolso previsto no Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa informou que está em estudo a formatação deste reembolso. Os representantes dos trabalhadores solicitaram que o reembolso seja retroativo a setembro.
Criticaram também a alteração no RH221, que passou a exigir que o dependente inválido não receba pensão alimentícia.
“Para propor melhorias e ter um plano saudável, temos de ter acesso ás informações do plano, que já cobramos há bastante tempo. Sem esses dados, é inviável avaliar a real situação do Saúde Caixa”, avalia o diretor do Sindicato Sérgio Amorim, que faz parte do GT Saúde.
Saúde do Trabalhador
No dia 20 de fevereiro, foi debatido o adoecimento dos empregados da Caixa, causado pelos impactos da sobrecarga de trabalho, ameaças de retirada de função e a cobrança de metas abusivas. Os sindicalistas alertaram para o crescimento do número de suicídios e casos de depressão, síndrome do pânico e outros graves problemas que atingem a categoria bancária.
“A Caixa vendeu a ideia de que a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), seria um instrumento de aprimoramento dos empregados. Na verdade, o método estabelece ranking interno e individualiza as metas, gerando ainda mais estresse por conta do assédio moral institucional, da pressão e da falta de empregados nas unidades”, explica Sérgio.
A Pesquisa Saúde do Trabalhador, realizada pela Fenae em 2018 (confira abaixo), revela o quanto o modelo de gestão do banco e a ausência de uma política de saúde do trabalhador geram sobrecarga de trabalho, provocando um verdadeiro quadro de adoecimento crônico nos bancários.