Segunda, 25 Fevereiro 2019 20:58

NÃO MEXAM NA NOSSA APOSENTADORIA - Bancários participam de protesto contra Reforma da Previdência

 MALDADE TEM LIMITE - Bancários protestam contra a proposta da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. O sindicato convoca bancários e bancárias a pressionarem o Congresso Nacional a não aprovar o projeto MALDADE TEM LIMITE - Bancários protestam contra a proposta da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. O sindicato convoca bancários e bancárias a pressionarem o Congresso Nacional a não aprovar o projeto

O Sindicato dos Bancários do Rio participou na última quarta-feira, 20, do ato em protesto contra a Reforma da Previdência, anunciada pelo governo Bolsonaro. A manifestação, realizada na Carioca, Centro da Cidade, fez parte de uma mobilização nacional em defesa do direito dos brasileiros à aposentadoria. O projeto, que ainda vai ser votado pelo Congresso Nacional, é pior do que a proposta inicial do governo Temer e apresenta itens que são verdadeiras crueldades com o trabalhador, especialmente a população mais pobre.
“A proposta do governo obrigará o brasileiro a trabalhar muito mais tempo, reduzirá o valor médio dos benefícios prejudicará os mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo, mas, mesmo assim, terão que esperar a idade mínima para se aposentar. É preciso pressionar os deputados a senadores a não aprovarem este projeto”, avalia o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
Idade Mínima
Pela proposta, mesmo que o trabalhador entre no mercado de trabalho muito cedo, ele terá de esperar a idade mínima para se aposentar: 62 nos para mulheres e 65, para homens. Há ainda um tempo mínimo de contribuição exigido. Trabalhadores rurais e professores terão idade mínima de 60 anos para ambos os sexos, o que torna as novas regras ainda mais cruéis para as mulheres, que possuem a dupla jornada.
Renda menor
É possível uma pessoa miserável se tornar ainda mais miserável? Se depender da Reforma do governo Bolsonaro, sim: pessoas idosas em estado de miserabilidade terão os benefícios reduzidos de R$998 para R$400.
Aposentado que continuar trabalhando, se for demitido, não receberá mais os 40% da multa rescisória. Receber o teto da Previdência, será praticamente impossível num país em que o desemprego e a rotatividade são grandes. Será preciso contribuir 40 anos e ter a idade mínima. Além disso, a média do valor do benefício cairá pois não será mais calculada em cima dos maiores salários mais recentes, mas de toda a trajetória do empregado, o que resultará numa redução ainda maior nas aposentadorias dos brasileiros.
A falácia do déficit
O déficit da Previdência Social é uma falácia. A Seguridade Social é superavitária. A Desvinculação de Receitas da União (DRU), criada pelo governo FHC, permite que o governo remaneje livremente até 30% das receitas da Seguridade, da qual faz parte a Previdência. Com isso, os governos desviam dinheiro que poderiam ajudar a equilibrar as contas do INSS para pagar juros da dívida aos bancos, tornado a Previdência deficitária. A análise é da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP). Além disso, bancos e grandes empresas devem à Previdência mais de R$426 bilhões. Se o governo cobrasse de banqueiros e empresários o dinheiro do calote estes recursos também ajudariam nas receitas da Seguridade, tornando-se desnecessária uma reforma tão injusta como a proposta apresentada pelo governo Bolsonaro.

Reforma prevê idade mínima e período mais curto de transição
Idade Mínima - Mulheres 62 anos Homens 65 anos
Professores (as): 60 anos
Trabalhadores (as) rurais: 60 anos
Policiais: 55 anos
Tempo de Contribuição para receber o Teto: 40 anos
Período de Transição: Vai durar 8 anos para eles e 12 anos para elas, começando respectivamente, em 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres).

 

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