Segunda, 18 Fevereiro 2019 20:12

Defenda seu direito à aposentadoria

Os brasileiros precisam reagir e impedir a aprovação da Reforma da  Previdência no Congresso Nacional, ou terão de trabalhar até morrer Os brasileiros precisam reagir e impedir a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional, ou terão de trabalhar até morrer

Trabalhadores vão realizar protesto nesta quarta-feira (20), contra a Reforma da Previdência. No Rio, ato será no Boulevard Carioca, a partir das 15h

A Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, elaborada pelo Ministro da Economia Paulo Guedes e por banqueiros e empresários, praticamente põe fim ao sonho do brasileiro se aposentar. O atual projeto é ainda mais cruel para o trabalhador do que a proposta de Michel Temer.
Mas o povo brasileiro não vai aceitar calado este atentado a um direito tão precioso. A CUT (Central Única dos Trabalhadores, junto com outras centrais sindicais (CTB, CGTB, INTERSINDCAL, CSP-CONLUTAS), organizarão um ato nacional contra a Reforma da Previdência e em defesa do direito à aposentadoria, no próximo dia 20 de fevereiro, quarta-feira. No Rio, a manifestação será a partir das 15 horas, no Boulevard Carioca. Haverá distribuição de panfletos e tendas para esclarecer a população sobre os prejuízos da Reforma e os reais interesses do governo embutidos no projeto.
As crueldades da proposta
Se aprovada pelo Congresso Nacional, a idade mínima, independentemente do tempo de contribuição, será de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Na regra atual, não há idade mínima, mas vale o tempo de contribuição 30 anos (mulheres) e 35 (homens), que somado à idade, tem de resultar no total de 86/96, respectivamente. O projeto atual de Bolsonaro prejudica os mais pobres, que são os que trabalham mais cedo. O período de transição é ainda mais curto do que o previsto no projeto do governo Temer, praticamente a metade do tempo: 12 anos em vez dos 20 anteriores. Isto significa que muito mais pessoas vão cair nas novas regras, piores para o trabalhador. Pela proposta, a idade mínima começa aos 60 anos (homem) e 56 anos (mulher), subindo meio ponto (equivalente a seis meses a cada dois anos, até atingir 65/62 anos. Outra opção é a soma da idade e tempo de contribuição, que começará em 86/96 e passará a subir um ponto a cada ano, a partir de janeiro de 2020. A terceira hipótese é se aposentar por tempo de contribuição (30 anos para mulher e 35 para homens), com pagamento de pedágio de 50% sobre o tempo de contribuição. Mas esta última opção só vale para quem estiver a dois anos da aposentadoria na data da aprovação da proposta.
Teto nunca mais
Se aposentar no teto, nem pensar. Para receber o valor integral, os brasileiros terão de contribuir para a Previdência, no mínimo, durante 40 anos, uma façanha quase impossível num país em que o desemprego é grande e a rotatividade altíssima – como é o caso dos bancários. Os servidores públicos terão a mesma regra, partindo da idade mínima de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens), acrescentando meio ponto a cada ano até atingir 62/65. Já as castas privilegiadas de militares, juízes e políticos, ficaram de fora da reforma. É hora de reagir.

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