Quarta, 26 Dezembro 2018 18:01

SANTANDER - Funcionários denunciam aumento do plano de saúde e acúmulo de funções

Os membros da COE criticaram o alto custo do plano de saúde, o acúmulo de funções e as dificuldades criadas por rotas impostas pelo banco em relação ao deslocamento dos funcionários de suas residências para o trabalho Os membros da COE criticaram o alto custo do plano de saúde, o acúmulo de funções e as dificuldades criadas por rotas impostas pelo banco em relação ao deslocamento dos funcionários de suas residências para o trabalho

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu na quinta-feira (13) com representantes do banco para tratar de vários problemas e reivindicações dos funcionários. Um dos itens debatidos foi o aumento abusivo no plano de saúde. Alguns bancários chegaram a desembolsar mais da metade do salário com o convênio. A elevação das mensalidades é resultado da mudança de operadora, feita em fevereiro de 2017. A alteração resultou também na implantação de cobrança por faixa etária para os novos admitidos, aumento abusivo na coparticipação e extensão da cobrança para todos os procedimentos, inclusive de urgência em hospital.
“Em quase dois anos, os gastos dos trabalhadores com o plano de saúde subiram em cerca de 40%. No mesmo período, os bancários tiveram reajuste em torno de 8% no salário. Muitos funcionários acabam tendo de recorrer ao SUS”, explica o diretor do Sindicato e membro da COE, Marcos Vicente.
Os trabalhadores cobraram a revisão da cobrança da coparticipação através da criação de um teto mensal; a implantação de uma forma diferenciada e menos onerosa de cobrança para os trabalhadores com doenças crônicas; transparência nos reajustes e negociação com os sindicatos e o COE antes de qualquer aumento.
Fusão de cargos
A partir de 2019, o Santander começará a implantar um processo de unificação de funções na rede de agências. Os cargos envolvidos serão os de caixas, agente comercial, coordenador de agência, gerente Pessoa Física e assessor Pessoa Física, que passarão a se chamar “gerentes de negócios e serviços”. Os representantes do banco disseram que “não haverá terceirização de funcionários” e que haverá jornadas de oito e seis horas. Os sindicalistas criticaram a proposta de mais acúmulo de funções e disseram que, na verdade, “o problema é a falta de funcionários nas agências. A COE quis saber se essa mudança resultará em desvio de função e a resposta foi de que a situação está indefinida.

Mudança de itinerário

Outro problema debatido com representantes do Santander foi o novo sistema dos itinerários de deslocamento para os bancários. O banco apresentou algumas mudanças. O trabalhador poderá rejeitar até três rotas determinadas pelo sistema. Na terceira rejeição, o setor de RH, então, deverá atuar de acordo com a necessidade do trabalhador. Enquanto a nova rota não for aprovada, o trabalhador receberá o mesmo valor no vale-transporte. Os bancários não deverão andar “mais de 750 metros” e as pessoas com deficiência não poderão caminhar “mais de 500 metros”.
Os representantes do banco também garantiram que os bancários não serão proibidos de utilizar dois modais distintos, como metrô e ônibus, por exemplo.
Em caso de problemas, os trabalhadores deverão procurar denunciar ao Sindicato.
Work Café - O Santander criou agências diferenciadas de negócios, chamada Work Café. O banco afirmou que não houve alteração na jornada dos trabalhadores. No horário fora da jornada dos bancários, após as 18h, durante a semana, e nos finais de semana, haverá nesses locais um prestador de serviço para dar informações que serão encaminhadas aos bancários. Eles não terão acesso ao sistema. Uma nova reunião foi agendada para o dia 29 de janeiro.

Mídia