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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Nesta quarta-feira (26), o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltaram a se reunir numa nova rodada de negociação nacional sobre assédio moral, sexual e outras forma de violência no trabalho bancário. José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro integra o Comando e participou do encontro. Ao final das negociações foi marcada nova reunião, desta vez por vídeo conferência, para 1º de dezembro, às 14h30.
“A nossa luta, de combate a todo o tipo de assédio, quer seja moral ou sexual e, ainda, outras formas de violência, alcança um novo patamar com a cobrança de ações mais objetivas por parte dos bancos, levando às últimas consequências o enfrentamento dessa questão”, afirmou José Ferreira.
O Comando começou a negociação cobrando a apuração de denúncias de assédio feitas pelos canais oficiais pelos bancários e bancárias. “Cobramos também sigilo nas informações sensíveis e que não haja vazamento que ponha em risco quem faz a denúncia. E defendemos a publicação de uma cartilha que oriente os bancários sobre os procedimentos para a denúncia e que também explique o curso e os prazos sobre a apuração”, explicou José Ferreira.
A Fenaban apresentou dados sobre as denúncias em 2025. Os bancos disseram que 120 denunciados foram demitidos. E que do total de denúncias, 41,7% foram consideradas procedentes;6,8%, parcialmente improcedentes; 41,2%, improcedentes; e 9,2%, estavam inconclusivas.
A Contraf-CUT apresentou uma pesquisa sobre assédio que mostrou que 30% dos entrevistados relataram ter sofrido assédio; destes, 40% dos casos ocorreu no local de trabalho; do total, 92% não fizeram denúncia; e 80% dos que denunciaram o fizeram pelos canais oficiais.
Inteligência artificial – A presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando, Juvandia Moreira, cobrou a criação de uma mesa de negociação específica sobre o uso da inteligência artificial. Após a cobrança, a Fenaban aceitou debater o tema denominando " Gestão Ética da Tecnologia e Monitoramento", ficando de estabelecer em comum acordo a data e forma de realização do debate, se presencial ou por vídeo.
“O uso das tecnologias como mais uma forma de prática do assédio merece de nós o debate e por isso vamos atuar junto a Fenaban pela gestão ética da tecnologia e monitoramento”, afirmou o presidente do Sindicato do Rio.