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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
No dia 25 de novembro a 2ª Marcha das Mulheres Negras vai tomar as principais ruas de Brasília. Será uma mobilização importante para chamar a atenção sobre a urgência de combater o racismo e o machismo e defender o tratamento igualitário entre todas as pessoas, independentemente de cor e gênero. O objetivo é reunir 1 milhão de mulheres negras em marcha, reivindicando reparação histórica e o direito ao bem-viver para a população negra no Brasil.
O Sindicato estará presente, com uma delegação de diretoras – Luciana Vieira, Cida Cruz, Denia Faria, Jô Araújo e Mônica Mota – bem como outras entidades do movimento sindical. Luciana Vieira, diretora do Sindicato, falou da importância da participação na Marcha.
“O movimento é organizado por várias entidades do movimento social brasileiro, sobretudo do movimento de mulheres e do movimento negro. É importante que a categoria bancária também esteja presente para fortalecer a luta pela equidade, que beneficiará toda a sociedade, que sofre com o racismo e o machismo”, disse.
Caminhada até o Congresso Nacional – A organização da marcha divulgou em seu site o roteiro da caminhada e instruções para as participantes que vão se dirigir à capital federal. A caminhada sairá do Museu Nacional, em direção ao Congresso Nacional, com concentração a partir das 8h30. Às participantes, a organização pede que se preparem bebendo bastante água, fazendo exercícios físicos e alongamentos e participando das atividades das delegações.
Ainda em novembro, antes da caminhada, em Brasília, a marcha pretende realizar uma série de eventos como forma de preparação. Entre os dias 18 e 25, estão previstas atividades culturais, rodas de conversa, oficinas e intervenções urbanas, além da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro.
Um diálogo com lideranças políticas, ativistas, artistas e intelectuais negras vindas da América Latina, Caribe, África, Europa e América do Norte ocorrerá no Encontro Transnacional, entre os dias 21 e 24. Nesses dias, também será realizado um encontro nacional de Casas Ballrooms, inspirado na cultura LGBTQIA+ negra.
Entenda melhor – A Marcha das Mulheres Negras, surge como um marco histórico de resistência, dando visibilidade às pautas que afetam diretamente essa população. A primeira foi realizada em 2015 reunindo mais de 100 mil mulheres negras contra o racismo, a violência e pelo bem viver – um processo histórico que impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.
A mobilização reúne coletivos, movimentos sociais, sindicatos e organizações que lutam contra o racismo estrutural e o machismo. Além das marchas de rua, estão previstas rodas de conversa, oficinas e atividades culturais que celebram a força e a história das mulheres negras brasileiras.
As mais afetadas pela desigualdade – Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras continuam sendo as mais afetadas pela desigualdade salarial no país. Em 2023, o rendimento médio mensal das mulheres negras correspondia a apenas 46% do salário dos homens brancos, evidenciando a persistência das desigualdades estruturais no mercado de trabalho. Mesmo com avanços na escolaridade, elas ainda enfrentam maiores barreiras de acesso a cargos de liderança e oportunidades formais.