A agência do Banco do Brasil da Praça Seca ficou temporariamente fechada para a realização de obras em suas instalações. Após a reabertura, entretanto, os funcionários foram surpreendidos pela informação de que a unidade seria “contemplada” com o encerramento do serviço de caixas.
“A presidenta do Banco do Brasil fala a plenos pulmões que o banco não está fechando agências, mas a prática não é essa. O BB vem sistematicamente esvaziando e inviabilizando as unidades: PJ, gerentes e assistentes foram retirados das dependências, agora os caixas. Ou seja, a estrutura está cada vez menor, enquanto as cobranças aos bancários só aumentam”, afirmou Júlio Castro, diretor do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Saem os caixas, entram os ratos

Mas o que está ruim sempre pode piorar. A agência do BB no Méier também passa por obras de modernização e reforma, porém sem interrupção temporária das atividades. Lá, além de lidarem diariamente com barulho e poeira, os funcionários passaram a conviver com visitantes indesejáveis: os ratos.
“Como se já não bastasse ver parte de sua PLR ser corroída pela inadimplência do agro, os funcionários da agência Estilo Méier agora são obrigados a ver parte de seu lanche literalmente roído por ratos”, lamenta o diretor do Sindicato, Jorge André.

Riscos à saúde

Todos os dias, ao chegarem ao trabalho, funcionários e terceirizados da agência Estilo Méier, localizada no 4º andar do prédio, encontram dejetos de roedores sobre mesas e na cozinha improvisada. A situação os expõe ao risco de contaminação por doenças graves, como leptospirose e hantavirose. Não é raro que trabalhadores e clientes se deparem com os animais — vivos ou mortos — dentro da unidade.
“Infelizmente, mais uma vez o banco só toma providências após a vistoria e cobrança do Sindicato. É inadmissível essa falta de planejamento e de tempestividade nas precauções à saúde dos funcionários. Fica o alerta: estamos aqui! É importante que todo o funcionalismo nos acione diante das mais diversas situações de irresponsabilidade do banco”, ressaltou o diretor executivo de Bancos Públicos do Sindicato, Alexandre Batista.