EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Numa entrevista no programa ContrafCast, o diretor de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contreaf-CUT) fala sobre o tema racismo e violência policial nas periferias. No programa o dirigente fala, ainda, sobre o VII Fórum da Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, que acontecerá nesta quinta e sexta-feira (6 e 7), em Fortaleza. O evento tem como objetivo fortalecer o debate sobre representatividade e combate à discriminação racial nas instituições financeiras e no conjunto da sociedade.
“O Fórum é um espaço essencial para discutir como o racismo se manifesta nas relações de trabalho, nas oportunidades e nas formas de ascensão profissional. Precisamos enfrentar o racismo de forma estruturada, com políticas que garantam oportunidades reais para a população negra”, afirmou Almir Aguiar.
Chacina no Rio – O dirigente também fez críticas à operação policial no Rio de Janeiro que deixou 117 mortos, episódio amplamente denunciado por entidades de direitos humanos. Para ele, o caso é um retrato do racismo institucional presente nas políticas de segurança pública do país.
“O que vimos no Rio foi uma chacina. Quando as vítimas são jovens negros e negras das periferias, a resposta do Estado é sempre a mesma: bala, repressão e morte. Isso é o retrato de um país que ainda não aprendeu a valorizar a vida negra”, destacou.
Negros são alvo – Ao longo da entrevista, Almir lembrou que os casos de violência policial no Brasil têm como alvo principal a juventude negra, e ressaltou que o tema precisa ser tratado como prioridade de Estado.
“Não se trata de casos isolados. Existe uma lógica que criminaliza a pobreza e naturaliza a morte de pessoas negras. Enquanto não houver políticas de prevenção, educação, emprego e cultura voltadas para a juventude, continuaremos repetindo tragédias”, disse o dirigente.
*Com informações da Contraf-CUT.