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A arquiteta lésbica e vereadora Monica Benício, do PSOL, e a advogada e Coordenadora da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, Diana Conrado, confirmaram presença como palestrantes no 1º Encontro LGBTQIA+, organizado pelo Coletivo que representa o segmento e integra a Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. O evento acontece no dia 22 de novembro das 10 às 16 horas, incluindo, além dos debates, apresentações artísticas e uma confraternização ao final.

Já estavam confirmadas as participações de duas personalidades fundamentais no processo de luta do segmento: a deputada Dani Balbi (PCdoB-RJ), presidenta da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj); e Victor de Wolf, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

Monica Benício é também viúva da ex-vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada a tiros em 14 de março de 2018. Nesta quinta-feira, ao condenar a chacina no Complexo do Alemão e na Favela da Penha, a parlamentar defendeu o afastamento imediato do governador Cláudio Castro. E afirmou ser inadmissível que a sociedade assista ao vivo a tamanho número de mortos sem que haja resposta efetiva por parte do Estado, lembrando que os atingidos são sempre os mesmos: o povo jovem, preto e favelado.

Como se inscrever – O encontro é aberto à participação de toda a categoria bancária, sendo que há apenas 60 vagas. O tema principal é “Diversidade sob ataque: avanços e enfrentamentos da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho”. O endereço do evento é Travessa do Sereno 27/29, próximo à Pedra do Sal, bairro da Saúde, Centro do Rio de Janeiro. Para se inscrever e participar, basta acessar o link https://pt.surveymonkey.com/r/encontroLGBTQIA.

José Ferreira, presidente do Sindicato falou sobre a importância do Encontro. Disse que apesar dos avanços na sociedade e no ambiente de trabalho do sistema financeiro, a comunidade LGBTQIA+ ainda tem muitos desafios pela frente. “Porém, vivemos uma era em que os ideais de ultradireita têm rondado o nosso país e o mundo. E entre os alvos dos ataques desse setor está a consciência que começava a se formar na sociedade contra o preconceito e a discriminação em relação a grupos historicamente massacrados, como os negros, as mulheres e os LGBTQIA+”, ressaltou.

“Esse evento, no dia 22 de novembro, é uma iniciativa importante da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato para aprofundar a reflexão e o debate em torno da luta por igualdade de direitos no mercado de trabalho em geral e, mais especificamente, no ambiente bancário”, frisou.

Adilson Barros, dirigente da Contraf-CUT e do Coletivo LGBTQIA+ do Sindicato dos bancários disse que vê o 1º Encontro como uma celebração. “Ele acontece no período onde comemoramos os 30 anos da 1ª Parada LGBT no Rio de Janeiro. O sindicato como referência de luta e resistência se junta aos organizadores para ir rumo à Copacabana para iniciar o que se tornou um marco de resistência e de luta por direitos e garantias para a comunidade LGBT”, afirmou. 

Local símbolo da resistência – O local do 1º Encontro LGBTQIA+, a Pedra do Sal, foi escolhido para a realização do evento porque, além de ser um espaço histórico de luta pela liberdade e manutenção da identidade negra, hoje é uma área de ocupação popular, plural e de grande representação cultural.