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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Igualdade de Oportunidades e o fim da discriminação só serão possíveis com a participação dos trabalhadores. É o caso da categoria bancária, setor que precisa ainda avançar muito para superar as diferenças da média salarial e das oportunidades de ascensão profissional entre homens e mulheres, brancos e negros e para garantir a diversidade com um sistema financeiro mais justo e representativo. Quem ainda não respondeu ao Censo pode fazê-lo entrando no QR Code ou link disponibilizado por seu banco.
“Em 2019, 280 mil bancários e bancárias participaram do Censo da Diversidade. Precisamos ampliar ainda mais essa participação da categoria para garantirmos equidade e inclusão nos bancos”, disse o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Almir Aguiar.
Racismo estrutural
O racismo estrutural está nas entranhas do sistema financeiro brasileiro. Com base nos dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Ministério do Trabalho da Previdência Social (2019), o Departamento Intersindical de Análise Estatística e Estudos Econômicas (Dieese) apontou que o bancário negro, em média, ganha 24% menos do que o branco. Quando se compara o salário médio dos brancos com o das bancárias negras, a disparidade é ainda maior, chegando a impressionantes 59%.
“É inaceitável esta desigualdade. A categoria precisa responder ao questionário do Censo que servirá de base para as negociações com os bancos e avançarmos na busca da igualdade de oportunidades”, afirmou Almir.