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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Dirigentes das centrais sindicais, das confederações, federações e sindicatos vão participar da 30ª Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima, a COP30. As centrais frisam que a participação sindical na COP30 é essencial para garantir que a transição para uma economia com baixa emissão de Gases do efeito Estufa (GEE) ocorra de forma justa e inclusiva, incorporando as demandas da classe trabalhadora nas decisões globais sobre o clima.
Em documento conjunto, sustentam que embora a conferência reúna governos nacionais como principais tomadores de decisão, cabe ao movimento sindical exercer pressão política e propor caminhos que assegurem trabalho decente, condições dignas de trabalho e financiamento adequado para políticas públicas de transição justa. A transição deve ser no modo de produzir, de consumir e de distribuir a riqueza gerada, reduzindo desigualdades, sem deixar ninguém para trás.
Levar a Pauta da Classe Trabalhadora à conferência significa afirmar o protagonismo sindical na construção de soluções sustentáveis, que conciliem justiça climática, geração de trabalho decente e redução das desigualdades. Esses debates ultrapassam o evento em si, devendo permanecer como horizonte estratégico para a ação sindical em defesa de um desenvolvimento ambientalmente responsável e socialmente justo. Nesse sentido, é fundamental incidir para tornar a agenda de ação, que busca a implementação dos compromissos e metas das COPs, uma política permanente dos Estados, com participação social efetiva.
A diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato, Cida Cruz, disse que as centrais sindicais fizeram um debate conjunto e redigiram um documento, porque estão preocupadas em participar deste processo de discussão na COP-30, sobre crise climática e transição energética, em relação à inclusão da classe trabalhadora na garantia de direitos, criação de empregos verdes e no uso da tecnologia em substituição ao trabalho.
“As centrais sindicais vêm percebendo que estão sendo gerados em diversos setores empregos verdes, mas que, na verdade, são precarizados, tendo adoecido os trabalhadores. “São empregos sem direitos essenciais estando as centrais atentos a esta questão. Somos a sexta população mundial e tudo o quanto se pensar em termos de defesa do meio ambiente, também tem que pensar sobre a manutenção dos direitos trabalhistas e na geração de empregos. Prepararam um documento a ser entregue na COP-30”, afirmou.
As centrais sindicais participam das atividades da COP, nos espaços coordenados pelo governo brasileiro, e daqueles organizados pela ONU. “Levaremos a nossa posição nos debates sobre uma transição justa”, explicou a dirigente bancária.
A menos de um mês para a COP 30, que acontece em Belém, o tema da "adaptação climática", para diminuir a vulnerabilidade às mudanças, entra em nova fase: a busca por acordos e financiamento.
Segundo o relatório de Progresso dos Planos Nacionais de Adaptação, lançado nesta terça-feira (21), pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, pelo menos 144 países já lançaram seus planos, principalmente, as nações menos desenvolvidas ou pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Cada país estabeleceu mecanismos para avaliar a vulnerabilidade e os riscos trazidos pelas mudanças do clima. Os perigos mais citados são seca, inundações, aumento das temperaturas, nível do mar e alteração no padrão das chuvas.