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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque vão participar do protesto deste domingo (21/9), às 14 horas, no Posto 5, na Praia de Copacabana, contra o projeto de anistia dos organizadores e participantes do golpe de Estado frustrado de 8 de janeiro, entre estes, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, já condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação irá exigir, ainda, que o Senado rejeite a PEC da Bandidagem, aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados, na noite de 16 de setembro.
O protesto está sendo convocado pelas centenas de entidades representativas de diferentes segmentos da sociedade brasileira, que fazem parte da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo. A mobilização vai exigir também a aprovação de projetos como o de isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 salários mínimos; o fim da escala 6×1 e a taxação dos super-ricos. Projetos neste sentido estão parados porque deputado e senadores são inimigos do povo e só votam contra a população.
Caetano já vinha se posicionando nas redes contra as duas propostas. Em vídeo recente, chamou a PEC que dificulta processos contra parlamentares de “PEC da Bandidagem” e foi taxativo: “Tem que receber da sociedade brasileira uma resposta socialmente saudável. Uma manifestação de que grande parte da população brasileira não admite um negócio desse”. Sobre o projeto de anistia, acrescentou: “também não pode ficar sem resposta”.
O presidente do Sindicato, José Ferreira, convidou a categoria bancária a participar da manifestação. “A ultradireita e o Centrão estão unidos e viraram as costas para pautas muito importantes para os trabalhadores como a regulamentação do trabalho em plataformas, o fim da escala 6x1 e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Precisamos dar a resposta a esse descaso no domingo e a participação dos bancários e bancárias é muito importante!, afirmou.
Centrais sindicais mobilizadas – Adriana Nalesso, presidenta da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ) e vice-presidente da CUT do Rio de Janeiro, disse que a PEC da Blindagem é uma afronta à sociedade. “O dispositivo permite que deputados e senadores barrem a possibilidade de abertura de processo criminal contra um de seus integrantes, ou seja, pode estuprar, matar, roubar que vai ter tratamento diferenciado. Como assim? Os deputados estão preocupados com o quê?, questionou.
A dirigente questionou a posição do Congresso que só aprova projetos contra o povo. "Cadê as pautas que interessam ao povo como a isenção do IR para quem ganha até 5 mil e o fim da escala 6x1, entre outras que estão paradas porque a maioria dos parlamentares estão preocupados com as pautas de seus interesses, legislando em causa própria. Uma vergonha! Vamos nos mobilizar e ocupar as ruas no próximo domingo e não vamos parar, a participação popular é fundamental", convocou.
Paulo Farias, presidente da CTB no Rio de Janeiro, disse que a central sindical está mobilizando sua base social e entidades filiadas em todo o país para ir às ruas nesse domingo, 21 de setembro. "A nossa primavera será de muita luta em defesa da democracia e da soberania brasileira. O Brasil corre o risco de ser uma péssima referência para o mundo caso essa PEC da Bandidagem seja aprovada definitivamente, seja com qualquer formato", afirmou. Para o dirigente, esta PEC representa o excremento da extrema-direita sobre a sociedade. "O Brasil tem pautas mais urgentes a serem debatidas e aprovadas como o fim da famigerada escala 6x1, isenção para quem ganha até 5 mil reais, enterrar a terceirização e as mudanças feitas na legislação trabalhista que retiraram direitos da classe trabalhadora", acrescentou.
Impunidade para deputados e senadores – O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, enviou, ao STF um mandado de segurança para suspender imediatamente a tramitação da ‘PEC da Impunidade’. O parlamentar frisou que houve abuso de poder e desvio de finalidade da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ao levar o projeto à frente.
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), disse que a PEC da Bandidagem cria uma casta, fazendo com que políticos não possam ser presos pelo cometimento de crimes gravíssimos, nem investigados por inquérito, julgados ou condenados, a não ser com autorização prévia do próprio Congresso Nacional. “A nossa luta continua para que o Senado rejeite esta PEC. Vamos nos mobilizar também para barrar o projeto que anistia os já condenados pelo STF por formação de organização criminosa responsável pelo comando do golpe de Estado de 8 de janeiro, entre eles, Jair Bolsonaro”, disse Sâmia Bonfim.
Já o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou que a aprovação da urgência do projeto de anistia e da PEC da Impunidade representam uma grave derrota para a democracia brasileira. Segundo ele, o movimento que uniu Centrão e extrema-direita mostra que o objetivo central é salvar Jair Bolsonaro e atender interesses externos ligados aos Estados Unidos.