Segunda, 15 Setembro 2025 19:42

Sindicatos vão ampliar protestos e mover ações contra demissões no Itaú

O Itaú demonstrou total intransigência, ao se negar a rever as mais de 1 mil demissões, em negociação, nesta segunda-feira (15/9), com a Comissão de Organização dos Empregados (COE). Em resposta, os sindicatos de bancários, federações e a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), representados na COE, vão intensificar as manifestações e outras formas de protestos, além de ingressar com ações na Justiça.
O banco vem alegando ter usado para a dispensa o critério de desempenho. A representação dos trabalhadores cobrou informações sobre como foi feito o monitoramento dos empregados demitidos, uma vez que muitos deles disseram que trabalhavam conforme a rotina de trabalho exigida e que teriam recebido promoções e prêmios pelos resultados obtidos.
“Na negociação, mostramos ao Itaú a nossa indignação com a atitude cruel das demissões, falta de transparência e humanidade. Deixamos clara a nossa reivindicação de cancelamento das demissões em massa, e, mesmo assim, o banco se negou a abrir espaço para a negociação”, afirmou a coordenadora da COE e diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Maria Izabel Menezes.
“Diante disto, avisamos que o movimento sindical bancário vai responder à altura, fazendo crescer a indignação em todas as bases, lutando, através da pressão de mais protestos, expondo para toda a sociedade como o Itaú consegue uma lucratividade bilionária, em cima de ações desumanas, como estas demissões. O movimento será nacional, embora o banco tenha argumentado que a maioria das demissões ocorreram em São Paulo”, afirmou a dirigente.

Vigilantes se solidarizam com bancários demitidos pelo Itaú

A Confederação Nacional dos Vigilantes divulgou nota na última quinta-feira (11), em solidariedade aos bancários e bancárias demitidos pelo Itaú Unibanco. No documento, a representação da categoria expressa sua indignação com as dispensas feitas pelo maior banco privado do sistema financeiro nacional, considerando a prática uma “crueldade”, além do descumprimento da legislação trabalhista, ao desligar funcionários alegando “baixa produtividade” sem nenhuma advertência anterior e por tomar a decisão de forma unilateral, sem ouvir os sindicatos dos bancários. Lembram ainda que a Contraf-CUT divulgou nota considerando as dispensas ‘injustas, ilegais e moralmente questionáveis”. A nota encerra afirmando que “não tem cabimento um banco que lucra R$22,6 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, demita e puna profissionais com a retirada do emprego”, expressando o apoio à luta das bancárias e bancários pela negociação e pelo emprego” dos trabalhadores do Itaú.

 

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