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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Funcionárias e funcionários do Banco do Brasil realizaram, na quarta-feira, 27 de agosto, um dia nacional de protestos contra os ataques da extrema-direita ao banco público. No último dia 20, o deputado Eduardo Bolsonaro — que está nos Estados Unidos e apoia o tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump contra produtos brasileiros exportados — publicou em suas redes sociais que “o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”. A declaração gerou reação imediata do movimento sindical e do funcionalismo.
Mobilização no Rio
No Rio de Janeiro, o ato aconteceu ao meio-dia, em frente ao prédio do Sedan, no Centro da cidade. O diretor do Sindicato, Alexandre Batista, criticou as campanhas de desinformação que circulam nas redes. “Dizem que o BB ‘vai quebrar’, que ‘será alvo de sanções internacionais’. Mas sabemos que a instituição é sólida. Esta luta é em defesa dos empregos, mas também, de forma mais ampla, em defesa do Brasil e da democracia”, afirmou, ressaltando a importância da sindicalização de toda a categoria.
Manobra política
O presidente do Sindicato, José Ferreira, relacionou os ataques ao banco a uma tentativa de criar instabilidade política e econômica. “Há uma manobra para favorecer a anistia do ex-presidente Bolsonaro, prejudicando a imagem do BB e colocando em risco a estabilidade do Brasil. Com apoio de Trump, tentam desestabilizar nossa economia para colher dividendos eleitorais em 2026”, disse. Ferreira defendeu ampliar o debate com a sociedade. “Precisamos impedir que a extrema-direita tenha maioria no Senado, porque o objetivo é desmontar o Estado. Vimos Trump tentar destituir à força Lisa Cook, presidenta do Federal Reserve - Fed, o banco central norte-americano. Não podemos permitir que isso se repita aqui”, alertou.
Sistema financeiro
Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ e vice da CUT-RJ, criticou o afrouxamento para a criação e funcionamento das fintechs e defendeu a regulamentação do sistema financeiro, para evitar o risco de uma crise sistêmica. Ela voltou a defender a regulamentação do setor financeiro e preservação dos bancos públicos.
O deputado federal Reimont (PT-RJ), aposentado do BB que se encontrava no Congresso Naiconal, em Brasília, enviou mensagem em áudio, de apoio ao ato.