Segunda, 01 Setembro 2025 21:53
CLUBE DE ENGENHARIA LOTADO

Ato em Defesa da Soberania protesta contra os ataques de Trump

Manifestação lota auditório do Clube de Engenharia. Foto: Nando Neves. Manifestação lota auditório do Clube de Engenharia. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Uma grande manifestação em Defesa da Soberania Brasileira, com a presença de representantes de organizações do movimento social – centrais sindicais, entre elas a CUT e a CTB, sindicatos, movimentos de mulheres, sem-terra, Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil, Movimento Negro Unificado, União Nacional dos Estudantes (UNE) – e partidos de esquerda lotou, na noite desta segunda-feira (1º/9), todo o auditório do Clube de Engenharia, na Avenida Rio Branco. Foi uma resposta aos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil, através da taxação de produtos brasileiros, pretendendo pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a suspender o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para começar neste dia 2 de setembro.

Logo no início, foi tocado o Hino Nacional, um recado claro de que o país precisa estar unido, novamente, para se firmar como nação independente. Primeiro a discursar, o presidente do Clube de Engenharia, Francisco Bogossian, afirmou que aquele era um ato político, um recado a Trump e seus aliados golpistas: “O Brasil não se curvará diante de imposições externas e defenderá sua soberania e sua democracia. A soberania é inegociável e sua defesa deve se tornar a bandeira do povo brasileiro, o verdadeiro dono deste país. O Brasil não será colônia de nenhum outro país, afirmou”.

Brasil sob ataque

Octávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), lembrou que uma das principais bandeiras da entidade, sempre foi, e novamente volta a ser agora, a defesa da soberania, outra vez sob ataque do governo dos EUA. E lembrou que este ataque está sendo colocado em prática pelo fascismo norte-americano e seus aliados no Brasil, tendo à frente a família Bolsonaro.

O ex-ministro José Dirceu, lembrou que o Brasil, por décadas, sofreu com interferências externas que causaram graves danos ao povo brasileiro, através de golpes de Estado. E que isto foi feito, e está sendo tentado novamente agora, para impedir que no Brasil seja implantado um modelo de país onde haja desenvolvimento e justiça social. “Trump tenta fazer isto também, porque o Brasil está integrando um bloco poderoso e multilateral que é o Brics. Somos um país rico, industrializado cujo maior problema é uma elite atrasada que quer fazer do Brasil uma colônia”, advertiu. Disse que Trump tem como principal aliado aqui a família Bolsonaro. “Por isto é necessário voltar às ruas para defender a soberania, mas também uma reforma tributária justa com a taxação dos ricos e a regulamentação do sistema financeiro”, acrescentou.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, lembrou que desde o início o Sindicato se somou à ideia de dezenas de organizações da sociedade, de realização deste ato. “Soberania é um valor inegociável, e que, além dela, através da democracia, vamos avançar para uma verdadeira nação, com direitos e cidadania“, afirmou.

Julgamento dos golpistas

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que o ato do Clube de Engenharia vai marcar a história como a manifestação que deu início a uma série de acontecimentos que vão mudar a cara do Brasil. “A partir de hoje, vamos ver se ampliarem as mobilizações populares que desaguarão nas grandes manifestações por todo o país do ‘Grito dos Excluídos’ em 7 de setembro, em defesa da democracia e da soberania”, disse. Lembrou que o ato desta segunda-feira, antecede o início do julgamento pelo STF do chamado ‘Núcleo Crucial’ que organizou o golpe frustrado de 8 de janeiro de 2023, composto por Jair Bolsonaro e seus aliados, civis e militares.

“Mas é preciso lembrar também de denunciar o genocídio dos palestinos em Gaza, imposto pelos sionistas de Israel, com o apoio dos Estados Unidos”, disse. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) frisou estarmos vivendo um duro ataque do imperialismo norte-americano. “Para defendermos a soberania, é preciso também defender as terras raras, sobre as quais os Estados Unidos querem colocar as suas garras. Temos que reestatizar Eletrobras. E também nos solidarizar com os povos de países que também estão sob ataque dos mesmos EUA, que financiam o genocídio em Gaza e enviam navios de guerra contra a Venezuela”, frisou.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), reforçou ser este o momento dos que defendem a democracia e um país mais justo unirem forças e mobilizar a população para voltar às ruas. A diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bianca Borges, ressaltou que a entidade sempre esteve presente nos momentos mais importantes da história do Brasil. “E os estudantes vão estar nas mobilizações, agora, para defender o Brasil dos ataques dos golpistas daqui e dos Estados Unidos”, afirmou. 

Clique no link abaixo e reveja o ato, na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=6ZTBWnkbBck

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