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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro se une aos protestos nacionais contra a política equivocada do Itaú de fechar agências em todo o país e realizou na quinta-feira passada, 17 de julho, mais uma atividade.
A medida do banco tem concentrado o atendimento em um número cada vez menor de unidades, agravando a qualidade do serviço prestado à população, gerando demissões e resultando na sobrecarga e adoecimento dos trabalhadores.
Benfica e Rocha
Como parte da mobilização, o Sindicato realizou atos nas agências da Cadeg (Benfica) e da Rua 24 de Maio (Rocha), ambas operando com um número extremamente reduzido de funcionários. Na unidade da Rua 24 de Maio, há ainda denúncias de assédio moral contra os trabalhadores.
“Desde o dia 8 de julho, iniciamos uma campanha nacional contra o fechamento de agências. No ano passado, foram encerradas cerca de 200 unidades. Somente até maio deste ano, outras 100 já foram extintas em todo o Brasil. O banco alega que realoca os funcionários para outras agências, mas, na prática, muitos são demitidos após poucos meses. Isso é uma cortina de fumaça”, denuncia Maria Izabel Menezes, diretora do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Metas e adoecimento
A campanha inclui materiais impressos, como jornais e cartazes, produzidos pela Contraf-CUT e pela Secretaria de Imprensa do Sindicato do Rio, que ironizam a propaganda milionária do banco sob o slogan “Itaú, feito pra você”. Em resposta, o movimento sindical destaca a verdadeira face do banco com frases como “Itaú, feito para demitir você” e “Itaú, feito para enlouquecer você” - uma referência ao aumento de doenças de origem psicológica provocadas por metas abusivas e condições de trabalho degradantes.
Clientes desrespeitados
Maria Izabel também denuncia que o banco tem dificultado o acesso dos clientes aos caixas humanos. “Para burlar a lei antifilas e evitar sanções, o Itaú fornece senhas não para o caixa, mas para o atendimento, principalmente aos idosos. Isso configura fraude ao controle exigido por lei”, afirma.
Ao restringir o atendimento presencial, o banco desrespeita ainda as obrigações previstas na concessão pública de serviços. “Os bancos operam sob concessão do Estado brasileiro. Uma das exigências é o atendimento adequado à população, o que claramente não está sendo cumprido pelo Itaú”, concluiu Maria Izabel.