Segunda, 17 Fevereiro 2025 18:40

Sindicato critica remoção de árvores do Jardim de Alah pela Prefeitura do Rio

Parque público do Jardim de Alah sob ameaça da Prefeitura e de interesses privados. Foto: Divulgação. Parque público do Jardim de Alah sob ameaça da Prefeitura e de interesses privados. Foto: Divulgação.

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Imprensa SeebRio

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), autorizou a remoção de 130 árvores de Mata Atlântica do Jardim de Alah (parque na divisa dos bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul da cidade) para dar lugar a um empreendimento imobiliário comandado pelo Consórcio Rio + Verde, que ganhou a concorrência pela concessão do espaço por 35 anos, em 2023. A decisão de remover as árvores gerou fortes reações entre moradores da região.

Um desses moradores, a atriz Julia Lemmertz, publicou um vídeo nas redes sociais pedindo explicações do prefeito Eduardo Paes. “O Jardim de Alah realmente vai virar um empreendimento imobiliário, com lojas e restaurantes? Vocês vão tirar 130 árvores adultas, que vão morrer, porque não vão replantar 130 árvores que estão ali há uma ‘centena’ de anos”, afirmou Lemmertz.

A Associação de Moradores local está convocando um protesto para o sábado, dia 22, a partir das 9h30, no próprio Jardim de Alah, na Avenida Epitácio Pessoa, na quadra da praia.

No projeto de concessão, está prevista a construção de um centro comercial e de lazer, com lojas, restaurantes e cafeterias. O projeto foi estimado em R$ 112,6 milhões, mas o vencedor propôs investir menos: R$ 85 milhões.

Parque público tombado – O Jardim de Alah é um parque público tombado. Cobre uma área de 95 mil metros quadrados, abriga espécies nativas da Mata Atlântica, como amendoeiras, abricós-da-praia e sibipirunas, muitas delas com mais de 80 anos, plantadas desde sua criação na década de 1930.

“O Sindicato se soma a esta luta dos moradores do entorno do Jardim de Alah, contra a derrubada de árvores para construções de prédios no local, que é um parque e que, ao contrário, deveria ser preservado”, afirmou Cida Cruz, diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro. “Esta medida vai contra a luta pelo meio ambiente e a preservação dos biomas, principalmente nas grandes cidades, que, por isto mesmo, têm que ser cada vez mais preservados. O investimento, tem que ser o investimento verde, para mitigar ao máximo os efeitos das mudanças climáticas”, acrescentou.

Clique aqui para assistir o vídeo postado pela atriz Julia Lemmertz sobre o assunto.

 

 

 

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