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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O mercado financeiro continua fazendo o seu papel de criticar de todas as formas o governo Lula, mesmo com índices econômicos extremamente favoráveis, mostrando que há uma intenção de jogar contra por trás das ‘análises’ negativas sem fundamento. Os bancos e outros grandes especuladores (o tal mercado) cobram mais cortes do governo Lula - o pacote anunciado pelo Ministro Fernando Haddad de contenção prevista inicialmente de R$70 bilhões foi considerado pequeno.
Na avaliação de alguns economistas mais progressistas, ao contrário, a inflação segue controlada e a redução dos juros nos EUA pode trazer mais investimentos para o nosso país. No terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,9% comparado ao segundo trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal. O melhor resultado foi do setor de serviços, que cresceu 0,9%, seguido pela Indústria, que avançou 0,6%. A expectativa é de que a economia tenha crescido 3,5% em 2024, acima das previsões do mercado e do próprio Banco Central.
Emprego recorde
Outro sintoma importante da recuperação econômica é a queda do desemprego no quarto trimestre do ano passado, caindo para 6,1%, a menor taxa da série histórica iniciada em 2012. O dado é da Pesquisa Pnad Contínua, divulgada IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
O número de pessoas em busca de emprego ainda é alto: 6,8 milhões de pessoas, mas este é o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, ano em que o Brasil entrou numa profunda recessão. Cerca de 510 mil pessoas deixaram formalmente o desemprego no trimestre. Já o total de pessoas ocupadas no país chegou a 103,9 milhões, outro novo recorde.
A geração de empregos e a recuperação do poder de compra das famílias é uma das principais promessas de campanha feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2022. Em direção contrária, o trimestre encerrado em agosto de 2020, a população ocupada registrou o menor contingente na série histórica, cerca de 82 milhões de pessoas, ainda sob o governo Jair Bolsonaro (PL). De lá para cá, segundo a pesquisa, houve alta de quase 26%.
Comércio e indústria
Dados sobre as vendas no Natal também revelaram um reaquecimento na economia. Os shopping centers estimam vendas em torno de R$ 200 bilhões em 2024, número 6% maior que o registrado em 2023. O ano passado já havia sido 4% maior que em 2022, último dos quatro anos da economia brasileira comandada pelo então ministro Paulo Guedes. A indústria de transformação deve apresentar um crescimento de 3,5% em 2024, a maior alta em três anos.
Novo salário mínimo e renda
O governo espera ainda que, com o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025, a economia continue aquecida no novo ano. O aumento será de R$ 106, o equivalente a 7,5%. Haverá aumento real, acima da inflação.
A renda média dos brasileiros também cresceu: 3,7%. Se a economia cresce, o comércio vende mais, setores industriais também apresentaram números positivos e o setor produtivo tem gerado mais empregos e renda, o Brasil vai bem ou ao menos está no caminho. Mas não para o setor especulativo, que parece não se contentar com os bilhões que fatura na ciranda financeira, sem gerar emprego e renda para os trabalhadores e ainda sem serem devidamente tributados em lucros e dividendos, ao contrário do que acontece nas nações capitalistas mais desenvolvidas.