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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Sem ao menos negociar a forma de pagamento, a Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) está cobrando do funcionalismo do BB quantias referentes à parte do plano de saúde nos valores de ações trabalhistas e acordos realizados em Comissão de Conciliação Voluntária ou Comissão de Conciliação Prévia (CCV/CCP) no período de julho de 2010 a setembro de 2023. Para exigir a suspensão imediata da cobrança, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício à Cassi no dia 13 de dezembro.
Representação dos funcionários
Para Rita Mota, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e integrantes da Comissão de Funcionários do BB (CEBB), mesmo que o recolhimento das contribuições seja devido, tanto da patronal, quanto dos funcionários, não foi feita na época do recebimento dos valores destas ações. “Portanto, as pessoas deram destinação ao recebido e serem agora cobrados sem discussão aprofundada sobre a forma de pagamento não é aceitável. É preciso que a Cassi receba a representação dos funcionários, para que se chegue ao melhor encaminhamento porque ainda que a Cassi precise de receitas, é preciso que este pagamento seja feito de forma justa“, argumentou.
Orientação do Sindicato
Rita acrescentou que os funcionários não pagaram os valores não porque não quiseram, mas porque o banco não descontou. “É preciso que todos sigam a orientação de não assinar o acordo até que a negociação seja feita”, disse.
Na época do pagamento dos valores referentes às ações, o BB não recolheu sua parte e não descontou dos funcionários os valores que deveriam ser repassados à Caixa de Assistência, mesmo com os alertas feitos pelo movimento sindical de que o recolhimento deveria ser feito. Apesar de a Cassi exigir que os funcionários optem pela proposta de pagamento até 30 de dezembro para terem direito de desconto de 10% no valor devido, a instrução da assessoria jurídica da Contraf-CUT é para que os funcionários não façam a opção até que haja nova instrução da entidade de representação dos trabalhadores.
O secretário Geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, alertou que a adesão à proposta pode ser interpretada como aceitação do pagamento dos valores. “Isso deve ser negociado com as entidades. Não concordamos com juros e atualização monetária, uma vez que a culpa da não cobrança no tempo certo não pode ser imputado aos bancários", explicou. Confira acima o ofício da Contraf-CUT, na íntegra.