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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O general Braga Netto, acusado, segundo as investigações da Polícia Federal, de ter arquitetado o golpe para derrubar o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, foi preso no sábado (14), no apartamento onde mora, na Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana. Militares ainda estão sendo acusados de ter participado de um plano para envenenar Lula e o vice-presidente, Geraldo Alckmin e enforcar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Morais, que foi quem deu a ordem de prisão de Braga Netto por tentar interferir nas investigações, ao buscar obter dados sigilosos do acordo de colaboração do coronel Mauro Cid. A defesa do militar nega as acusações.
Braga foi candidato à vice-presidente na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tinha Cid como seu assessor direto.
Quase R$2 milhões
No ato de prisão chamou a atenção dos agentes da PF, o luxuoso imóvel onde mora o general, cujo prédio tem um apartamento por andar e fica a duas quadras da praia mais famosa do mundo. No mesmo prédio há um apartamento à venda avaliado em cerca de R$1.900.000,00.
O questionamento que ficou é: um imóvel de quase dois milhões de reais é compatível com a renda de um militar que ganha entre R$32 mil e R$34 mil por mês? É evidente que não. Para quem ocupou cargos públicos, no caso, a Casa Civil e em seguida o Ministério da Defesa, é o caso de as autoridades investigarem como Braga Netto comprou um imóvel neste valor sem ter uma renda compatível para adquirir este bem.
Mordomia até na prisão
Chamou atenção também da sociedade, o privilégio na “prisão” do militar, um alojamento com ar condicionado, televisão, banheiro privativo, além de quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia. A prisão “especial” do militar é um “direito” previsto em Lei, antes da condenação definitiva. Ele está detido no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro.