Quinta, 28 Novembro 2024 16:59
RIO SEM EDUCAÇÃO

Professores do Rio acusam Eduardo Paes de querer retirar direitos dos profissionais da educação

Pelo menos dois mil servidores da Educação do Município do Rio participaram da assembleia que aprovou greve por tempo indeterminado Pelo menos dois mil servidores da Educação do Município do Rio participaram da assembleia que aprovou greve por tempo indeterminado Foto: Sepe-RJ

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Na última segunda-feira (25), um protesto de servidores na frente da sede da Prefeitura terminou com policiais lançando bombas de efeito moral e confronto. 

Pela manhã, cerca de dois mil profissionais da categoria decidiram votar a favor de uma greve por tempo indeterminado.

O motivo é o Projeto de Lei 186/2024, do prefeito Eduardo Paes, que amplia a quantidade de aulas para os professores e altera uma série de direitos dos profissionais do setor. 

Os manifestantes tentaram ainda bloquear a Avenida Presidente Vargas e houve detenções de alguns professores que participaram do protesto.

Invasão da Câmara

Na terça-feira (26), grevistas imvadiram o plenário da Câmara de Vereadores, na Cinelândia, pouco depois das 19h. O protesto foi pacífico e conseguiu retirar a votação de pauta desta semana. 

Está prevista para esta quinta-feira (28), um reunião entre parlamentares e representantes da categoria.

Nova assembleia

O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) anunciou para esta sexta-feira (29) uma nova assembleia da categoria.

A Prefeitura do Rio alega que tem dialogado com a categoria e informou que a Secretaria Municipal de Educação seguirá normalmente o planejamento normal do calendário letivo. 

Mudanças do projeto 

Em greve por tempo indeterminado, os profissionais querem o arquivamento do Projeto de Lei 186/2024, que amplia a quantidade de aulas para os professores. 

Se aprovada, a proposta modifica o plano de carreira da categoria, alterando benefícios como férias e a licença especial, conhecida como licença-prêmio.

Reivindicações dos servidores

Os profissionais da educação do município querem ainda a revogação da Lei 8666/2024, que aumenta para até seis anos os contratos temporários na rede pública. 

Parlamentares contrários ao projeto, atendendo aos servidores, tentam mudar alguns pontos polêmicos, como a revogação da licença especial; a ⁠alteração do cálculo da hora-aula; a ⁠ampliação da renovação dos contratos temporários e a suspensão da contagem do estágio probatório durante licenças e afastamentos.

Velhas práticas

O impasse na educação não é novidade no Município do Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes é conhecido por não valorizar os servidores públicos e por ampliar a terceirização e contratação temporária em várias áreas fundamentais, como no caso da saúde e da educação.

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