Segunda, 11 Novembro 2024 17:47

Centrais vão levar proposta de trabalho justo e sustentável para a cúpula do G20

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O G20 é a reunião das cúpulas das principais economias do planeta, incluindo os países emergentes, como o Brasil. Este ano, por iniciativa do presidente Lula, haverá também o G20 Social com o objetivo de dar voz à sociedade civil e os trabalhadores.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) participará também dos eventos. 

Pensar o mundo do trabalho a partir das mudanças tecnológicas, da crise climática e da justiça social serão os pilares da participação das centrais sindicais brasileiras para a Cúpula do G20, prevista para acontecer de 14 a 16 de novembro. 

Febraban acatou feriado

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) acatou o decreto 2857A/2024 assinado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). Denúncias de bancários davam conta de que o Banco Alfa (Grupo Safra), o Itaú e o Bradesco teriam convocado funcionários para trabalhar nestes dias. Mesmo que as convocações sejam feitas para trabalho remoto, os funcionários devem denunciar a prática ao Sindicato, que burla o decreto municipal e a própria posição oficial da entidade que reúne os bancos no Brasil. Os telefones para denúncias são (21) 2103-4122/4123.

 

Programação de atividades

Com delegações de vários estados do país, o movimento sindical e os movimentos populares participarão do G-20 Social nos três dias em atividades que incluem debates, plenárias, atividades culturais, uma feira popular, além de uma marcha a ser realizada durante o evento.

14/11

O primeiro dia da Cúpula Social do G20 terá atividades propostas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes. Chamadas de atividades autogestionadas, elas incluem debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior.

Ao todo foram recebidas 852 inscrições e selecionadas, em uma primeira chamada, 164 atividades. A atuação da CUT nessas atividades já está em fase final e organização. Veja um resumo:

Às 9h, a Rede CUT dará início às atividades autogestionadas, também organizadas pelas entidades filiadas à Central, como a Federação Única dos Petroleiros (FUB), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF ) e a CUT-RS;

Às 14h, o Fórum das Centrais Sindicais debaterá as “Transições no Mundo do Trabalho: Tecnologias Emergentes, Sustentabilidade Ambiental e Justiça Social para um Trabalho Decente”;

Às 16h: “Desafios diante das transformações do mundo do trabalho”, com foco no combate à fome, à pobreza e à desigualdade, um dos eixos temáticos das atividades do G20 Social.

15/11:

A programação do segundo dia da Cúpula Social estará organizada em torno dos três eixos temáticos. A partir das 9h, na Praça Mauá será realizada a “Plenária dos Eixos Centrais do G20”. Para a CUT, este é um momento crucial do G20 Social, já que nele serão definidas as propostas da Central qeu farão parte de um documento a ser entregue à Cúpula dos Chefes de Estado do G20. Em seguida, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil no período da tarde.

Os três eixos são:

  • Combate à fome, pobreza e desigualdades;
  • Sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa;
  • Reforma da governança global.

 

16/11

O terceiro e último dia do G20 Social será a síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária final, a ser realizada das 9h às 11h da manhã  sairá a aprovação de documento que será entregue à Cúpula dos Chefes de Estado, com ato de encerramento no período da tarde, no Palco Central da Praça Mauá.

O ato de encerramento está previsto para 11h, com entrega do documento da sociedade civil ao presidente Lula e ao presidente da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa. O país sediará o próximo encontro da cúpula de chefes de Estado do G20, em 2025.

Para este mesmo dia está prevista a Marcha dos Movimentos Sociais, cujo trajeto ainda está sendo definido dadas as questões logísticas e que envolvem a organização junto aos órgãos públicos municipais.

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