Sexta, 25 Outubro 2024 14:31

Há 49 anos, a ditadura militar assassinava o jornalista Vladimir Herzog

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

No dia 25 de outubro de 1975, o jornalista, professor e dramaturgo naturalizado brasileiro, Vladimir Herzog, nascido na verdade na antiga Iugoslávia, era assassinado pelo regime militar. Nesta sexta-feira completam 49 anos de sua morte. 

Críticas à ditadura 

Na década de 1970, Herzog assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura. Sua posição crítica ao regime que derrubou o governo popular e democrático de João Goulart incomodava os militares. 

Ele foi também professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).

Importância para democracia 

Vladimir teve um papel relevante no movimento pela restauração da democracia e na luta pela liberdade de imprensa e expressão no Brasil, após o golpe de 1964. 

Foi ainda militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e por suas posições políticas e ideológicas foi torturado e assassinado pelo regime militar brasileiro durante a ditadura através da ação do DOI-CODI, o órgão subordinado ao Exército, de inteligência e repressão do governo, no quartel-general do II Exército, no município de São Paulo, mesmo tendo se apresentado voluntariamente ao órgão para "prestar esclarecimentos". Foi preso e sofreu torturas, não entregando informações sobre os movimentos partidários e de defesa da restituição da democracia de seus companheiros militantes, o que levou o regime a assassinar o jornalista. 

A data, lembrada nesta sexta-feira tem grande impotância em tempos que muita gente ainda defende a volta da ditadura militar e o fim da democracia no Brasil.

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