O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro conseguiu, na Justiça Trabalhista, reintegrar mais uma bancária do Bradesco. É Regina Américo Galvão de Lima, que trabalha no banco desde 1988, portanto 36 anos dedicados à empresa e foi demitida em julho deste ano. 

Metas que adoecem 

Em sua decisão que garantiu o reestabelecimento do contrato de trabalho da bancária, a juíza Cassandra Passos de Almeida, da 80ª Vara de Trabalho do Rio de Janeiro, levou em consideração o fato de que a funcionária estava em licença médica pelo INSS e é portadora de doença ocupacional, ou seja, seus problemas de saúde são consequência de sua atividade profissional e do ambiente de trabalho, fato que contribuiu para que a magistrada deferisse a antecipação de tutela pedida pelo advogado do Sindicato e da AJS, André Henrique. 
"O Bradesco não respeita os funcionários e nem seus clientes revelando absoluto descaso com a sociedade e a categoria bancária, fechando agências e precarizando ainda mais o atendimento à população. O banco continua a demitir trabalhadores mesmo quando eles estão adoecidos em função de uma gestão de metas desumanas", disse o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff. 
Sindicato junto com você 

O Sindicato vai continuar seu trabalho em defesa dos empregos e denunciando à opinião pública as práticas cruéis dos bancos privados, cobrando um melhor atendimento aos clientes e respeito aos bancários e bancárias.  
"Todos os bancários que estiverem passando por problemas de saúde ou demissão devem procurar com urgência o Sindicato para receber todo o apoio e as orientações necessárias sobre os seus direitos e cobrarmos os deveres do banco em relação à saúde dos funcionários e ao emprego da categoria", completou Leuver. 
"Daremos todo apoio à nossa categoria e sempre que os bancos demitirem irregularmente um bancário ou bancária nossos advogados entrarão com processos judiciais para repararmos todas as injustiças cometidas contra os trabalhadores", ressaltou o diretor do Jurídico do Sindicato, Adriano Campos.