A eleição municipal para o cargo legislativo na cidade do Rio de Janeiro trouxe, além de velhas figuras conhecidas do parlamento carioca, novas lideranças comprometidas com a classe trabalhadora. Eles assumem o cargo de vereador pela primeira vez e têm uma coisa comum: são jovens e possuem uma disposição para lutar pelos direitos dos trabalhadores, representando uma renovação muito peculiar e positiva para a política da cidade maravilhosa.

Pela redução da jornada

Rick Azevedo (PSOL), que teve 29.364 votos, ex-balconista de farmácia, é defensor do movimento VAT (Vida Além do Trabalho) e começou fazendo um desabafo nas redes sociais contra a escala 6 x 1, mas ele não imaginava que sua ação teria uma repercussão surreal na sociedade. Sua luta contra a exploração no trabalho e pela redução da jornada para que os trabalhadores tenham mais tempo para o descanso, lazer e convívio com a família virou sua bandeira de uma campanha digna e vitoriosa.

A democratização da terra

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a luta pela democratização da propriedade rural e a reforma agrária no país, que já têm na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a Marina do MST, ganhou uma nova representante, agora na Câmara dos Vereadores do Rio. É a jovem Maíra do MST, do Partido dos Trabalhadores, que conquistou 13.713 votos. Sua eleição é uma vitória coletiva do movimento dos trabalhadores rurais, que elegeu no último domingo (7), outros 38 representantes para câmaras municipais em 15 estados do país. 

Orgulho de ser de esquerda

Leonel Querino Neto, o Leonel de Esquerda, também do PT, tem nome de liderança que fez história na política do Estado do Rio de Janeiro e do país, o gaúcho Leonel Brizola. E pela coragem com que enfrenta a direita fascista e assume com orgulho sua opção pelos trabalhadores, especialmente os mais pobres e oprimidos, o jovem também é uma liderança promissora para a política carioca e se elegeu com 13.325 votos. Apoiado pela CUT-RJ e movimento sindical, Leonel ficou conhecido nas redes socais por sua luta em defesa da democracia e dos partidos de esquerda. Ele foi covardemente atacado com um chute no rosto pelo deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), candidato a prefeito do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, na Zona Norte, no domingo, dia 1º de outubro. O agressor teve o que merece nas urnas, derrotado em quarto lugar nas eleições para prefeito. E o bravo Leonel é vereador em seu primeiro mandato.
“Temos orgulho de ter, entre outros nomes, estes três novos vereadores que certamente honrarão seus mandatos em defesa da classe trabalhadora e de uma cidade mais justa e com oportunidades para todos e todas, gerando mais empregos, renda para as famílias e igualdade de oportunidades e lutando por melhor educação e saúde públicas”, avaliou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.