Terça, 24 Setembro 2024 16:10

Dia da árvore: a importância dos trabalhadores debaterem a crise climática

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

No último sábado, 21 de setembro, foi celebrado o Dia da Árvore. A data foi instituída no Brasil no mês de Setembro em virtude de ser o início da primavera. 

As árvores têm uma importância fundamental, pois aumentam a umidade do ar; evitam erosões; produzem oxigênio no processo de fotossíntese; reduzem a temperatura e garantem sombra e abrigo para muitas espécies animais, além das diversas espécies frutíferas que fornecem alimentos.

"O objetivo da data é chamar a atenção para a necessidade de conservação e proteção das árvores porque a sua destruição causa desequilíbrio no meio ambiente e põe em perigo a vida no planeta. No Brasil as queimadas, inclusive criminosas, têm chamado a atenção para a importância de políticas públicas de proteção ambiental e legislação que considere os crimes contra o meio ambiente como um fato relevante da atualidade", destaca a diretora executiva da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Cida Cruz. 

Marcha pelo Clima

Na última sexta-feira (21) houve a marcha pelo clima em várias capitais do país a fim de chamar a atenção da sociedade para o debate sobre a questão ambiental. No Rio de Janeiro o evento ocorreu na Cinelândia, no Centro da cidade, às 18h. Várias entidades estiveram presentes.

O diretor do Sindicato e da Federa-RJ (Federação Estadual das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Jacy Menezes esteve presente na atividade, lembrando que desde os anos 80 este tema vem sendo discutido, recordando que, na época, ele e um grupo de estudantes se retiraram de um congresso estudantil porque os securandistas se negavam a debater as questões relacionadas ao meio ambiente por acreditarem que esta pauta seria "pequeno-burguesa" e "desnessessária" e não cabia à classe trabalhadora debater este tema. 

"A questão ambiental é essencial para a luta de classes. Os banqueiros controlam o sistema financeiro que é o maior financiador daqueles que desmatam e que poluem o planeta", disse, justificando a importância da categoria bancária e de todos os trabalhadores e trabalhadoras discutirem as questões ambientais. 

"É inadmissível que bancos públicos financiem aqueles que destroem o meio ambiente e esta é uma discussão, sim, que precisamos fazer", acrescentou Jacy, ressaltando ainda que, no setor privado, o Bradesco teve que interromper uma campanha que fazia contra o consumo de carne bovina por pressão do agronegócio. 

"Não há mais saída no capitalismo", destacou o dirigente sindical, relacionando o consumismo à crise climática do planeta e cobrando para que a sociedade fiscalize para onde está indo o crédito do sistema financeiro nacional. 

No final de sua intervenção, Jacy mostrou a relação da temática ambiental com a luta de classes citando a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. 

"No meio da crise, enquanto o rico viajava para a Europa até passar as chuvas, o pobre estava na laje de sua casa aguardando o socorro", concluiu.

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