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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Campanha Nacional dos Bancários 2024 mostrou o que a história já ensina aos trabalhadores. Direitos, melhores salários e condições de saúde e de trabalho não são concessões dos patrões, mas conquistas da organização coletiva dos trabalhadores. Se dependesse da vontade dos bancos, a categoria bancária teria perdido diretos conquistados, reajuste abaixo da inflação (INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e PLR reduzida. “Foi a mobilização da categoria nos locais de trabalho e nas redes sociais que impediu uma proposta vergonhosa e garantiu a preservação dos direitos e até avanços pontuais na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. Em que pese todas as adversidades desta campanha, vimos que é através do fortalecimento das entidades sindicais que garantimos conquistas e impedimos retrocessos e perdas de direitos”, destaca o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.
Desafios da categoria
O Comando Nacional dos Bancários e a categoria nas assembleias rejeitaram os ataques dos bancos aos direitos que foram conquistados com unidade e muita luta ao longo da história. “As mudanças no mundo do trabalho, com as novas tecnologias e inteligência artificial são o grande desafio da organização dos trabalhadores e é fundamental que cada vez mais bancários e bancárias se filiem ao Sindicato e participem das atividades de mobilização não apenas nas campanhas salariais, mas no cotidiano, para garantirmos nossos direitos”, acrescentou Ferreira.
Confira no quadro acima itens das propostas iniciais que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) queria impor e o movimento sindical rejeitou, avançando até a proposta final aprovada nas assembleias, na mesa da Fenaban, fatos que ocorreram também nas negociações específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Mobilização garantiu avanços nas negociações
A proposta que os bancos queriam
- Reajuste salarial abaixo da inflação, com perdas para os bancários
- Perdas salariais, na PLR, tíquetes alimentação e refeição e demais verbas remuneratórias
- Perdas na PLR: apenas 40% em relação ao valor de 2023, em alguns casos
- Perdas de direitos, como redução da PLR para bancários em licença médica
- Reajustes diferenciados por faixa salarial
Principais avanços conquistados
- Reajuste de 4,64% com aumento real para toda a categoria
- Índice repercute na PLR, tíquetes e demais verbas remuneratórias
- Garantida a Regra Básica da PLR para toda a categoria
- Em 2025, aumento real de 0,6% mais a inflação(válido para PLR, VA e, VR)
- Criação de mecanismos de denúncias e apoio às vítimas de assédio moral