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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os funcionários do Banco do Brasil do Rio de Janeiro aprovaram em assembleia virtual realizada na segunda-feira, 16 de setembro, por ampla maioria, o Acordo Coletivo proposto pela empresa. De um total de 2.066 votantes, 68,20% aprovaram a proposição feita pelo banco e 29,53% rejeitaram. Houve ainda 2,26% de abstenções. Em relação à proposta da mesa única da Fenaban, 68,13% os trabalhadores do banco aprovaram a proposta e 29,59% rejeitaram, além de 2,28% de abstenções.
Plenária virtual
Antes da votação, o Sindicato realizou, através do aplicativo Zoom, uma plenária para debater os rumos da campanha específica do funcionalismo do BB e dar esclarecimentos sobre as propostas. O evento já apontava que os trabalhadores do banco preferiam decidir pela aprovação do acordo em vez de prosseguir em uma greve de forma isolada do restante do país: 54,26% disseram que não aprovavam a continuidade da luta na campanha salarial 2024. Já 31,53% defendiam a continuidade de um movimento grevista. Houve ainda 14,22% de abstenções.
A diretora do Sindicato do Rio e representante da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), Rita Mota, fez uma avaliação da greve de 24 horas na segunda-feira (16), antes da realização da assembleia que aprovou a proposta do banco.
“Conversamos hoje com muitos funcionários e funcionárias e somente cinco agências ficaram sem caixas. Houve em torno de 20% de adesão na Plataforma de Suporte Operacional – PSO. No prédio onde funcionam os escritórios digitais teve também uma certa adesão. Percebemos que muita gente estava interessada em entender a situação das negociações e tirar dúvidas. Parte do funcionalismo não havia entendido que, com o fim da ultratividade, após a reforma trabalhista, a validade dos acordos coletivos passou a ser encerrada na data-base e os bancários perceberam que não havia conjuntura para continuidade das paralisações, levando a aprovação das propostas na assembleia”, disse Rita.
As principais conquistas no BB
Caixa – O banco está assumindo o compromisso de manter a gratificação do Caixa até dezembro deste ano, para os agentes comerciais que vinham recebendo esta gratificação. Durante este período, os caixas serão priorizados nas novas funções com salário maior que o atual. Os caixas que continuarem abrindo guiche farão jus à gratificação. Os caixas com mais de 10 anos de função em 2017 terão a gratificação incorporada. Além disso, BB irá instituir um programa de qualificação para novas funções.
Rede de negócios – Revisão dos cargos de assistente de negócios, supervisor de atendimento e caixas. Serão abertas quatro mil vagas para a nova função com jornada de 6 horas, salário será maior que o dos caixas que serão priorizados na concorrência. Serão criadas 2700 vagas para o cargo de 8 horas, que terá salário superior ao de supervisor de atendimento. Além disso, na rede de negócios, serão abertas 500 vagas de gerente de relacionamento. Mais de 11 mil funcionários serão impactados pelo aumento salarial.
Elevação do teto da PLR – A partir da próxima PLR já vai estar valendo a nova regra, com limite a sete salários por ano. O banco também assumiu o compromisso de fazer o pagamento após três dias úteis da assinatura do acordo.
Cláusula 17 entrará no acordo anexo – Os bancários do BB também foram chamados a deliberar sobre a Cláusula 17, criada para impedir demissões sem justa causa. Porém, como não foi aprovada em todos os sindicatos, entrará no ACT nas bases onde foi aprovada, por meio de um aditivo.