Sexta, 06 Setembro 2024 16:46

Financeiras mantêm proposta rebaixada e negociações emperram

Negociações chegaram a um impasse. Foto cedida pela Contraf-CUT. Negociações chegaram a um impasse. Foto cedida pela Contraf-CUT.

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Imprensa SeebRio

Sem aumento real e com redução da PLR. Este são alguns dos pontos principais da proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos Financiários feita pelas financeiras, após um dia inteiro de negociações como parte da décima reunião entre o Coletivo Nacional dos Financiários e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) da Campanha Nacional 2024. Com isto, as partes chegaram a um impasse.

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, destacou que, segundo dados do Dieese, até julho deste ano, 8.809 acordos foram firmados, dos quais 86% garantiram índices acima do INPC, ou seja, com aumento real. “A média é superior a 1,5% de aumento real. Não podemos aceitar um índice tão irrisório para este ano e sem nada previsto para o ano que vem”, afirmou.

Proposta inicial – A proposta inicial da Fenacrefi foi de aplicar, de forma linear, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos próximos dois anos. Para o período de julho de 2023 a junho de 2024, o índice registrado foi de 3,34%, e o índice para 2025 será o INPC linear. Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a proposta é de mudanças na regra que vai refletir em prejuízo aos trabalhadores.

“Todos as propostas apresentadas de alteração dos direitos conquistados, representam redução de custos das empresas e impõe perda aos financiários”, afirmou Jair Alves, coordenador.

Segunda proposta – A segunda proposta da Fenacrefi continuou aquém das expectativas, oferecendo um reajuste salarial de 3,5% para 2024, o que representaria apenas 0,15% de aumento real. Para 2025, a proposta permanece com o INPC linear. Em relação à PLR, a proposta manteve-se inalterada.

Sem nova data – A reunião foi encerrada sem uma data definida para o novo encontro. “Nós estamos à disposição para continuar as negociações, desde que seja com uma proposta digna”, finalizou Magaly.

 

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