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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Na quinta-feira (15/8), dirigentes de entidades sindicais dos bancários, participaram da plenária do Plano Clima Participativo. Realizado em São Paulo, o encontro teve como tema o terceiro maior bioma do país, a Mata Atlântica.
As plenárias são conduzidas pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), que reúne representantes de 22 ministérios, Rede Clima e Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. Das plenárias sairão propostas que podem ser incluídas no documento a ser apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro, na COP 29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), no Azerbaijão. O resultado desse processo de construção da Política Nacional sobre Mudança do Clima será apresentado em novembro de 2025, em Belém do Pará, na COP 30.
“Estas plenárias são espaços abertos pelo governo brasileiro para ouvir os segmentos populares a fim de que as propostas vindas de toda a sociedade sejam debatidas pelo G-20. É uma iniciativa importante do Brasil que serve de exemplo a ser seguido pelos demais países do grupo neste momento tão dramático de desequilíbrio ambiental”, comentou Cida Cruz, diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.
Clima é tema da negociação com a Fenaban – A emergência climática é uma das grandes preocupações da sociedade em todo o mundo. E não é diferente com a categoria bancária. Mesmo em campanha nacional, os bancários permanecem atentos aos temas que transformam suas vidas para além dos locais de trabalho.
O tema foi cobrado em mesa de negociação e a Fenaban concordou em incluir cláusula na CCT sobre a instalação de um comitê de crise diante de calamidades e mudanças climáticas, inclusive para atuar em emergências como as que ocorreram no Rio Grande do Sul e Petrópolis.
“Entendo que esse debate se dá em um momento crucial. Principalmente por ser um assunto que deve nortear as políticas públicas para os próximos 10 anos”, afirma a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa”. “Então, é uma responsabilidade de todos na sociedade. E no caso do setor bancário envolve a questão do crédito, dos financiamentos para empresas que detonam o meio ambiente, que vão para mineradoras ilegais, que propiciam expropriação de terras indígenas – seja para o agronegócio ou mineração.”
Rita relata que nos debates específicos com o banco Santander há uma cláusula na minuta de reivindicações em que se destaca exatamente isso: não é possível mais que os bancos continuem liberando linhas de crédito para empresas que degradam o meio ambiente. “Porque o respeito ao meio ambiente é também respeito aos direitos humanos”, ressalta ela. “Então queremos instituir uma cláusula que proíba o banco de liberar crédito para empresas que causam prejuízos ao meio ambiente, ao clima, e que dê transparência total à sociedade. Ou seja, que explique por que o crédito deixou de ser ou foi liberado, porque a sociedade tem o direito de saber.”