Segunda, 12 Agosto 2024 19:38
JUNTOS POR VALORIZAÇÃO

Cadê a proposta dos bancários, Fenaban?

Sindicatos de todo o Brasil realizam protestos cobrando proposta concreta com aumento real, PLR, elevação dos tíquetes e mais saúde e menos metas.
O Sindicato  realizou atividade na Avenida Rio Branco, no Centro, no Dia Nacional de Luta pela valorização dos bancários e bancárias. O Sindicato realizou atividade na Avenida Rio Branco, no Centro, no Dia Nacional de Luta pela valorização dos bancários e bancárias.

Sindicatos de todo o país realizaram na segunda-feira (12), o Dia Nacional de Luta para cobrar a valorização da categoria bancária e respeito na mesa de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e nas específicas de cada banco. No Rio, dirigentes sindicais se concentraram na Avenida Rio Branco, 123, no Centro, e percorreram algumas agências do entorno. A atividade contou com banda de música e artistas circenses representando a rentabilidade dos bancos, muito acima do aumento dos trabalhadores do setor.
Na terça-feira (13), tem tuitaço com a hashtag #JuntosPorValorização, marcando @Contraf_CUT.

Dinheiro eles têm

O lucro líquido dos bancos subiu para R$ 144,2 bilhões em 2023, e bateu novo recorde histórico. Em 2022, o lucro das instituições financeiras foi de R$ 139 bilhões.
A pauta de reivindicações está nas mãos das instituições financeiras desde o dia 18 de junho. Já são quase dois meses sem que seja apresentada nenhuma proposta concreta para os bancários e bancárias. A categoria cobra aumento real de salários, elevação da PLR e dos tíquetes e melhores condições de saúde e de trabalho, entre outros itens.
“Os bancos mantêm o impasse alegando dificuldades em relação à concorrência no setor com as fintechs, mas essa choradeira não se justifica, pois estão lucrando como nunca”, disse o diretor e tesoureiro do Sindicato, Jorge Lourenço, citando o Bradesco, que acaba de comprar metade de um banco americano, o Jonh Deere, ligado ao agronegócio e que lucrou no primeiro trimestre deste ano, R$ 2,644 bilhões.
A diretora da entidade, Jô Araujo, lembrou que “os lucros recordes são conquistados à custa do adoecimento dos bancários, em função de metas cada vez mais absurdas”. Uma pesquisa feita este ano pela Contraf-CUT em parceria com a Universidade de Brasília (UNB) revela que 80% dos trabalhadores do ramo financeiro tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano e quase a metade está em acompanhamento psiquiátrico.
Na quinta-feira (8), teve mais uma caravana da Campanha Salarial 2024 da categoria, desta vez nas agências do bairro da Portuguesa, na Ilha do Governador (mais detalhes da atividade, em nosso site: www.bancariosrio.org.br).

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