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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias de todo o país participam nesta segunda-feira (12) de uma mobilização nacional por aumento real de salários, uma PLR justa, elevação nos valores dos tíquetes refeição e alimentação e melhores condições de saúde e de trabalho.
A orientação é postar nas redes sociais a hashtag #JuntosPelaValorização sempre marcando a Contraf-CUT (@Contraf_CUT).
Os bancos alegam dificuldades para conceder aumento real e melhorar a PLR, mas pagam ao alto escalão de executivos cerca de R$9 milhões. A categoria quer a devida valorização por seu trabalho, afinal são os bancários e bancárias que garantem os ganhos extraordinários do setor financeiro.
Lucros recordes
Nenhum outro setor da economia tem acumulado tanta lucratividade nos últimos 20 ou 30 anos.
Os bancos lucraram em 2023 R$145 bilhões.
No primeiro semestre de 2024, somente Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander faturaram R$53,9 bilhões.
A alegação da Fenaban é que há dificuldades nos bancos devido "a concorrência com as fintechs".
"Essa alegação dos bancos para não atender às nossas reivindicações não tem fundamentação com a realidade. Atualmente, 82% do crédito brasileiro e 81% dos ativos do setor financeiro estão nas mãos dos bancos”, afirma o presidente do Sindicato José Ferreira.
"Quem vive a rotina do trabalho nas agências sabe que toda esta riqueza acumulada pelo setor financeiro é à custa do adoecimento da categoria, que vai para o trabalho com medo do assédio moral e de ser o próximo funcionário a ser demitido", disse o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados, Geraldo Ferraz.
"Nos bancos públicos, o temor dos funcionários é a perda de comissionamento, a falta de motivação e a possibilidade de não ter mais chances de ascensão profissional. Os bancários e bancárias do BB e da Caixa também estão em processo de adoecimento como no setor privado", explica o diretor de Administração do Sindicato, Alexandre Batista.
Demissões continuam
Apesar dos lucros, os cinco maiores bancos fecharam em pouco mais de três anos, até o ano passado, pelo menos 2.500 agências físicas e em 2024 o processo de extinção das unidades continua acelerado, com muitas demissões. Até abril deste ano, em 12 meses, foram cortados 4.171 postos de trabalho.
"Para a categoria, basta de choradeira e enrolação da Fenaban. Vamos para cima dos bancos com adesão total à nossa mobilização nacional até que eles atendam as nossas reivindicações", completou Geraldo Ferraz.