Quinta, 08 Agosto 2024 14:33
CONECTADOS NA LUTA

Sindicato do Rio protesta contra ausência de propostas dos bancos

Tanto na mesa da Fenaban quanto nas negociações específicas das instituições públicas e privadas, bancários continuam sem resposta concreta para as reivindicações
Atividade do Sindicato do Rio nesta quinta-feira (8) foi no bairro da Portuguesa, na Ilha do Governador Atividade do Sindicato do Rio nesta quinta-feira (8) foi no bairro da Portuguesa, na Ilha do Governador Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio realizou nesta quinta-feira (8), mais uma atividade da Campanha Salarial 2024 da categoria, desta vez nas agências do bairro da Portuguesa, na Ilha do Governador. 

Os dirigentes sindicais percorreram unidades do Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. 

Bancários e bancárias se mostraram indignados com a postura da Fenaban e nas mesas unificadas e específicas.  Até o momento, os bancos praticamente não apresentaram nenhuma proposta concreta para os trabalhadores. 

"Conversamos com os bancários e bancárias sobre a campanha salarial e a respeito da intransigência dos banqueiros em atender às nossas reivindicações.

Houve uma boa recepção da categoria. Os funcionários estão com uma grande expectativa de êxito nas negociações e esperam obter aumento real e ampliação dos direitos", explicou o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, Leuver Ludolff. 

Tuitaço na segunda 

Os sindicalistas aproveitaram a ocasião para convocar os bancários para o Dia Nacional de Luta, na próxima segunda-feira (12), quando haverá pela manhã, das 9h às 11h, um tuitaço na Rede X, antigo Twitter. 

"Falamos na necessidade da participação de todos e todas nos tuitaços da campanha na Internet e convocamos a categoria para intensificarmos a mobilização na campanha nacional, a fim de pressionar os bancos na mesa de negociação", acrescentou Leuver. 

"Vamos participar da mobilização nacional na segunda-feira e denunciar à sociedade o desprezo dos bancos para com seus funcionários e também com clientes e usuários. Os lucros dos cinco maiores bancos subiu 12,9% no primeiro semestre deste ano, em relação a 2023, alcançando R$ 53,9 bilhões. O setor tem todas as condições de atender às nossas reivindicações", disse o diretor do Sindicato, Gilberto Leal.  

Demissões continuam 

O diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz, repudiou a postura dos bancos de demitirem em plena campanha salarial. 

"Estamos dialogando com os bancos nas mesas de negociação, inclusive sobre a proteção ao emprego e é um desrespeito ocorrerem tantas demissões de forma arbitrária e desumana", explicou Geraldo. 

O sindicalista criticou ainda o fato de os bancos estarem induzindo o funcionário dispensado a assinar o termo de quitação, o que, em tese, impede o trabalhador de entrar com uma ação judicial contra a empresa para reparo de possíveis distorções em valores a receber e em relação aos direitos trabalhistas. 

"Os bancos estão se aproveitando de um momento de fragilidade do bancário, que é o processo de dispensa, para fazer o empregado assinar este documento. Orientamos que ninguém assine nada e procure antes o Sindicato para orientação e verificação de possíveis distorções em relação ao que o trabalhador demitido tem para receber e as suas garantias", afirmou Geraldo. 

Participaram também da "caravana" na Ilha, além de vários outros dirigentes sindicais, a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco e a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso.

Adriana informou que o Comando Nacional, do qual ela faz parte, espera  que a Fenaban apresente uma proposta geral na semana que vem. 

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