Quinta, 01 Agosto 2024 19:02

Bancários de todo o país fazem dia de protestos por menos metas e mais saúde

Diretoria do Sindicato visita agências da Penha conversando com a categoria sobre a Campanha Nacional bancária. Foto: Nando Neves. Diretoria do Sindicato visita agências da Penha conversando com a categoria sobre a Campanha Nacional bancária. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Sindicatos de todos os estados do país fizeram nesta quinta-feira (1/8) um dia de protestos e conversa com bancários e bancárias visando aumentar a mobilização da categoria e dar informes sobre as negociações a respeito da inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de cláusulas nas quais os bancos se comprometam em acabar com o assédio para o atingimento de metas. Com o lema “Menos metas, mais saúde”, os dirigentes sindicais visitaram agências e denunciaram aos clientes e à população a forma como os bancos pressionam a categoria, tendo como consequência a disparada do número de adoecimentos.

No Rio de Janeiro, os diretores do Sindicato visitaram agências de bancos públicos e privados da Penha, importante bairro da Zona Norte da Cidade. “Além da conversa com os clientes, fizemos reuniões com bancárias e bancários apresentando informações sobre as negociações, bem como realizando atividades em defesa da saúde da categoria nesse Dia Nacional de Luta cujo mote é #MenosMetasMaisSaúde”, afirmou o presidente do Sindicato, José Ferreira.

Denúncia aos clientes – A caravana de diretores e diretoras da entidade agitou as ruas do bairro com banda de música, e pernas-de-pau e anões, simbolizando o lucro dos banqueiros e o salário dos bancários. Em seguida, dividiram-se em grupos visitando cada banco, antes da abertura das agências do Santander, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.

Também foram dados informes sobre os itens salariais reivindicados, entre eles, o aumento real 5%, além da reposição das perdas de um ano, PLR e tíquetes; e redução da semana de trabalho para quatro dias.

Adoecimento aumenta – Leuver Ludolff, diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, criticou os bancos que, na negociação têm negado a ligação entre a pressão por metas e o aumento do adoecimento, sobretudo, o psíquico. “Os protestos de hoje têm também como objetivo fazer com que a Federação Nacional dos Bancos avance nas negociações sobre esta questão que é tão relevante para todos nós”, afirmou.

A Fenaban tem alegado que não existe comprovação científica sobre a relação entre a cobrança das metas e o adoecimento. “Ao invés de negar o que já foi comprovado em várias pesquisas e em consultas nacionais à categoria, os bancos deveriam tomar medidas para proteger a saúde de bancários e bancárias”, afirmou a diretora do Sindicato e membro da COE do Itaú, Maria Izabel Menezes.

 

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