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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na negociação com o Comando Nacional dos Bancários realizada na quinta-feira (25), em São Paulo, para a mesa de negociação sobre Saúde e Condições de Trabalho, negou a relação do crescente adoecimento da categoria com as metas desumanas impostas aos funcionários. No entanto, números oficiais derrubam as afirmações dos bancos.
"Não é só o trabalho em si que adoece, mas a permanente pressão cada vez maior por alcance de resultados que muitas vezes são baseados em objetivos inalcançáveis. Queremos dos bancos um tratamento digno e um ambiente de trabalho saudável", avaliou o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que faz parte do Comando da categoria e participou da mesa de negociação.
Assédio moral
Os sindicatos cobram ainda mais eficácia nos mecanismos de combate ao assédio moral com a participação e acompanhamento dos trabalhadores e um atendimento mais humanizado quando o funcionário precisa acionar o INSS. Confira em nosso site, mais detalhes da negociação: www.bancariosrio.org.br.
Após uma pausa, solicitada pelos próprios bancos, os representantes da Fenaban retornaram com a afirmação de que irão trazer, nas próximas reuniões, propostas de avanços sobre os temas cobrados.
Debate no Sindicato
O Sindicato do Rio realizou na quinta-feira (25), mesmo dia da negociação sobre o tema “Saúde”, uma palestra sobre as doenças ocupacionais na categoria bancária. A atividade foi organizada pela Secretaria de Saúde da entidade e contou com a presença do médico ortopedista Antônio Alvez, que abordou as LER/Dorts e a psicóloga Juliana Costa, que trouxe questões sobre as doenças mentais e comportamentais que afetam cada vez mais bancários e bancárias, como Depressão, Síndrome do Pânico e Síndrome de Burnout.
Como não, Fenaban? Sim, as metas adoecem bancários
Apesar de representar 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria bancária respondeu por 3,7% dos afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários no período, considerando todas as categorias do país.
O Dieese comprova que, em relação aos afastamentos acidentários no trabalho relacionados à saúde mental, a categoria representa 25% do total segundo números do INSS
Resposta dos bancários na Consulta Nacional: 67% têm preocupação e instabilidade emocional em função das metas; 60% sentem cansaço constante; 53% têm desmotivação e vontade de não ir trabalhar; 47% têm crise de ansiedade/pânico; 39% dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana; 26% sentem medo de “estourar”, perder a cabeça; 24% apresentam crises constantes de dor de cabeça; 23% sentem vontade de chorar sem motivo aparente e 23% apresentam dores de estômago/gastrite nervosa