Sexta, 26 Julho 2024 08:38
MAIS SAÚDE, MENOS METAS

Sindicato do Rio realizou palestra sobre doenças físicas e mentais na categoria bancária

Atividade ocorreu no mesmo momento em que o Comando Nacional dos Bancários negociava com a Fenaban, em São Paulo, o combate ao adoecimento da categoria causado por metas desumanas
O auditório do Sindicato ficou cheio para acompanhar a palestra sobre as doenças do trabalho que afetam a categoria bancária O auditório do Sindicato ficou cheio para acompanhar a palestra sobre as doenças do trabalho que afetam a categoria bancária Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio realizou na quinta-feira (25), uma palestra sobre as doenças ocupacionais na categoria bancária. A atividade foi organizada pela Secretaria de Saúde da entidade e contou com a presença do médico ortopedista Antônio Alvez, que abordou as

LER/Dorts e a psicóloga Juliana Costa, que trouxe questões sobre as doenças mentais e comportamentais que afetam cada vez mais bancáriosebancárias, como Depressão, Síndrome do Pânico e Síndrome de Burnout. 

Participaram também da mesa, o diretor executivo da Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo e o dirigente da mesma pasta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Edilson Cerqueira. 

No mesmo dia em que ocorreu a palestra, o Comando Nacional dos Bancários negociava com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o combate às metas abusivas, que são as causas do alto índice de trabalhadores adoecidos no setor financeiro, acometidos especialmente por doenças psíquicas. 

Importância do evento 

O diretor da Saúde do Sindicato Edelson Figueiredo avaliou o evento realizado presencialmente no Sindicato. 

"O adoecimento da categoria é uma das maiores preocupações do movimento sindical e uma das prioridades na Campanha Salarial 2024. Por isso, a presença de especialistas para falar sobre o assunto é de grande relevância para a nossa categoria", disse Edelson. 

"Apesar de representar apenas 0,8% do emprego formal no Brasil, segundo dados de 2022, a nossa categoria respondeu por 3,7% de todos os afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários no país. Esta situação não pode permanecer e os bancos precisam ter a responsabilidade de reconhecer a realidade da relação direta destes adoecimentos dos trabalhadores com a atual política de metas desumanas dos bancos", acrescentou Edelson.

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