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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) realiza até sábado (27), mobilizações para cobrar do Governo Lula a reforma agrária. As atividades nacionais acontecem em 24 estados e começaram na última terça-feira (23).
Mais investimentos
Com o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”, a iniciativa marca o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural e do Dia Internacional da Agricultura Familiar, ambos comemorados nesta quinta-feira (25).
"Os trabalhadores rurais têm razão em reclamar da falta de um investimento maior para o pequeno e médio produtor rural e para a democratização da terra no país. O governo federal vai liberar R$66,5 bilhões para o agronegócio no Plano Safra 2024-2025. No entanto, 70% do que o povo brasileiro come à mesa vem do pequeno produtor. O Agronegócio praticamente só exporta em dólar sua produção e, além de utilizar agrotóxicos proibidos no mundo inteiro, ainda devasta o Pantanal e a Amazônia para vender soja e carne no exterior", destacou a diretora executiva da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio, Cida Cruz.
"O MST, por exemplo, é o maior produtor do país de arroz orgânico, e a sua
produção de hortifrutigranjeiros chegou a 2.900 toneladas na safra 2022/2023. Estes trabalhadores rurais precisam e merecem mais investimentos públicos", acrescentou Cida.
Arroz orgânico
O MST lidera há mais de dez anos a maior produção de arroz orgânico da América Latina, conforme dados do Instituto Riograndense de Arroz (Irga) produzindo mais de 16 mil toneladas na safra 2022/2023, em uma área de 3,2 mil hectares.
A produção envolve 352 famílias e sete cooperativas, e ocorre em 22 assentamentos localizados em nove municípios das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Chuvas no Sul
Os assentamentos do MST no Rio Grande do Sul onde são produzidos o arroz orgânico se transformaram em "piscinões" com as emchurradas no estado. Os temporais destruíram plantações, causaram a perda de equipamentos e o atraso no replantio das sementes.
O governo federal anunciou ajuda aos trabalhadores do movimento nas regiões atingidas.
Mesmo com as dificuldades causadas pelas chuvas, o MST distribui diariamente, cerca de 1.500 marmitas para as famílias atingidas pelas chuvas no estado num ato solidário que chamou a atenção da opinião pública nacional.