Quinta, 25 Julho 2024 08:00
MAPA DA FOME

Governo Lula reduz em 85% a insegurança alimentar severa no Brasil no primeiro ano de seu mandato

14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país no ano passado, reduzindo de 8% para 1,2% da população nesta situação
O governo federal conseguiu reduzir, em um ano, a insegurança alimentar severa no Brasil O governo federal conseguiu reduzir, em um ano, a insegurança alimentar severa no Brasil Foto: Divulgação

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Brasil ainda está longe de acabar com a fome e a miséria, situação de grande parte da população e apresenta números constrangedores para quem é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, liderando na exportação de soja (56%) das exportações totais), milho (31%), café (27%), açúcar (44%), suco de laranja (76%), carne bovina (24%) e carne de frango(33%). 

Ainda são 14,7% de toda a população brasileira que vive em situação de insegurança alimentar severa ou seja, não sabem se terão, ao final do dia, o que comer, o país conseguiu, já no primeiro ano do terceiro mandato do governo Lula, reduzir consideralmente esta situação. Segundo o Mapa da Fome, da ONU, a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil em 2023. 

Programas sociais 

É bom lembrar que, em seus dois primeiros mandados, Lula havia tirado o país do Mapa da Fome, graças a programas sociais como o Bolsa Família e a geração de emprego e renda. Agora, mesmo numa conjuntura global mais difícil e com dificuldades políticas num Congresso Nacional mais reacionário, o governo atual tem conseguido índices favoráveis quando o assunto é a questão social. 

Na questão econômica, apesar de não ter alcançado a elevação do consumo das famílias como nos dois primeiros mandados e nem ter conseguido alavancar o crescimento econômico, o Brasil já tem a expectativa se consolidar como a 8ª economia do mundo, após ter caído para o 12⁰ no ranking do mundo durante a gestão do ministro da Economia Paulo Guedes, no governo de Jair Bolsonaro (PL), período em que o Brasil voltou ao Mapa da Fome. 

Programas de Aquisição de Alimentos, fazem parte deste esforço do Governo Lula no combate à fome e ajudam a explicar a melhora nos índices da insegurança alimentar severa no Brasil. 

O Relatório da ONU foi divulgado na última quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. 

Fato é que tirar 14,7 milhões de pessoas da insegurança alimentar severa em menos de dois anos de governo é um feito que mostra a obstinação de Lula em acabar com a fome no Brasil e no mundo. 

Lula no G20

O presidente Lula classificou na quarta-feira (24) como "estarrecedores" dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre insegurança alimentar no mundo. Ele também disse que a fome é uma consequência de "escolhas políticas". Suas afirmações foram feitas num evento do G20, no Rio de Janeiro, para estabelecimento de uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza proposta pelo presidente brasileiro. 

A fome no mundo 

Relatório da ONU afirma que, em todo o planeta, 733,4 milhões de pessoas passaram fome em 2023 por pelo menos um dia. O número corresponde a 1 em cada 11 habitantes mundo afora. No continente africano, a proporção mais que dobra: 1 em cada 5 cidadãos passou fome no ano passado.  

Se for considerada a chamada "insegurança alimentar moderada", ou seja, a dificuldade em conseguir alimentos em quantidade e qualidade adequadas, 2,33 bilhões de pessoas foram afetadas em todo o mundo em 2023.

Vontade política 

Fica cada vez mais claro que a fome é o resultado de um modelo de capitalismo global que visa apenas o lucro e a considerar os gastos dos EUA e da Europa Ocidwntal armando a Ucrânia na guerra contra a Rússia, fique ainda mais evidente que o mundo capitalista tem, de sobra, dinheiro para acabar com a fome no mundo e, como diz Lula, é de fato falta dw vontade política dos governos. 

Somente o Brasil, com cerca de 200 milhões de habitantes, produz alimentos suficientes para as necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, o que equivale a 11% da população global e, mesmo assim, a miséria e a fome ainda estão expostas como realidade cotidiana nas ruas do país, que volta a ser chamado de celeiro do mundo, com os investimentos públicos na produção agropecuária brasileira. 

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