O Ministério da Saúde pretende fatiar e entregar ao setor privado seis hospitais e três institutos federais. Profissionais e dirigentes sindicais afirmam que os trabalhadores resistiram aos ataques ao SUS (Sistema Única de Saúde) nos governos neoliberais de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e não vão aceitar que, no governo Lula, que se comprometeu com o fortalecimento dos serviços públicos, que a rede pública de saúde seja desmontada. Por isso, o SintSaúde do Rio de Janeiro está convocando um ato nesta sexta-feira, 26 de julho, às 14h, na Cinelândia, Centro do Rio. A atividade faz parte de uma mobilização nacional.

Hospital do Andaraí

Na capital fluminense, o governo federal pretende entregar, por exemplo, o Hospital do Andaraí para a Prefeitura, o que, segundo os sindicalistas, representará a entrega da instituição para as OSs (Organizações Sociais) que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, espalhou na cidade no setor da saúde. Na campanha de sua última eleição, em 2020, Paes prometeu recuperar o sistema de saúde da cidade com base em um sistema híbrido, diminuindo a atuação das OSs, o que na prática não ocorreu. Profissionais do setor acusam Paes de ter dado reajuste zero para funcionários de hospitais, postos de atendimento e UPAs e pressionar para que estes trabalhadores peçam seu desligamento do emprego, gastando milhões com as OSs.
Os servidores dessas unidades e os movimentos sindical e sociais estão há mais de 60 dias em uma luta heroica para defender o patrimônio público, que é do povo carioca e brasileiro.