Segunda, 22 Julho 2024 18:22

Sindicatos querem fim do assédio e das metas abusivas para os financiários

Violência contra as mulheres também foi debatido e dirigentes sindicais cobraram a criação de um canal de denúncias contra estas práticas

O Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) voltaram na sexta-feira (19), à mesa de negociação da Campanha Nacional 2024. 
A pauta do encontro incluiu temas que preocupam os trabalhadores, como saúde, segurança, metas e a violência contra as mulheres.

Adoecimento mental

Assim como na categoria bancária um dos maiores problemas enfrentados pelos financiários são as metas, inclusive com a prática de assédio moral. O problema é a principal causa de adoecimento psíquico dos empregados no setor financeiro. 
O movimento sindical cobrou uma solução para o problema e quer a realização de reuniões mensais para acompanhar o tema.
Jair Alves, coordenador do coletivo, destacou a importância da transparência no aparato de segurança das financeiras em relação aos dados dos locais de trabalho. 
"Nós queremos entender os métodos utilizados para garantir a saúde do trabalhador no dia a dia dele, em visitas aos clientes e até no próprio local de trabalho” afirmou Alves, enfatizando a necessidade de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Violência contra a mulher 

Outro tema debatido foi a violência contra as mulheres. 
Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, defendeu a criação de um canal de apoio dedicado a tratar de questões relacionadas à violência contra a mulher. “Esse canal terá a função de acolher a financiária vítima de violência doméstica e familiar, proporcionando o suporte necessário para que ela possa enfrentar e superar essas situações”, explicou. 

Saúde e segurança

Os sindicalistas cobraram o compromisso das empresas de garantir um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos os trabalhadores do setor financeiro. 
"Muitos problemas enfrentados pelos financiários são similares aos sofridos pelos bancários. É preciso garantir melhores condições de saúde e de trabalho e, para isso, as empresas precisam pôr fim à pressão e ao assédio moral que tanto afligem aos trabalhadores", declarou o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, Geraldo Ferraz, que participou da reunião online.

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