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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Comando Nacional dos Bancários, em negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na quinta-feira (18), em São Paulo, cobrou o aumento na contratação de Pessoas com Deficiência (PcDs) e neurodivergentes, com no mínimo, o cumprimento das cotas estabelecidas pela legislação, além de melhores condições de trabalho e igualdade de direitos e à ascensão profissional para estes trabalhadores. As reivindicações foram feitas na primeira mesa de negociação sobre “Saúde e Condições de Trabalho.
Um levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que as PcDs representam atualmente apenas 4% de toda a categoria, sendo que, em cargos de liderança, este índice é ainda menor: 2% e ganham em média, 37,6% menos do que as pessoas sem deficiência. Se for mulher negra PcD, a remuneração média é 48% inferior à média geral da categoria.
Abono de faltas
Os sindicatos cobraram também o abono de faltas aos trabalhadores com deficiência, quando eles precisam se ausentar para ajustar equipamentos e próteses ou realização de terapias específicas. Foram reivindicados ainda, a adequação do ambiente de trabalho segundo a natureza e grau de deficiência do empregado; a vedação de transferência de PcDs, salvo por pedido do trabalhador; a constituição de uma comissão bipartite para deliberar sobre a contratação destes trabalhadores e sobre políticas de inclusão e capacitação de pessoas com deficiência; o financiamento de veículos para estes empregados e estacionamento exclusivo; abono de faltas e o aumento de auxílio para pais com filhos com deficiência.
Os representantes dos trabalhadores reivindicaram ainda questões referentes aos neurodivergentes, pessoas com diferenças neurológicas variáveis e que podem ou não ser deficientes e foi ressaltada a necessidade de um cuidado especial às pessoas do espectro autista.
“A pauta da inclusão é muito importante para nós. Os bancos precisam reposicionar o olhar para pessoas com deficiência e neurodivergentes. É fundamental cumprir a cota de 5% e ir além da inclusão, criar condições ambientais considerando a deficiência, qualificar e criar oportunidades para ascensão profissional", disse a presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso.
Apoio à mulher
O Comando da categoria trouxe números dos canais de apoio e acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, conquista da categoria prevista na CCT: de abril de 2020 a julho de 2024, foram atendidas 607 mulheres em 12 canais estabelecidos pelos bancos, que resultaram em 2.094 sessões. Desse total, foram realizadas 47 realocações de local de trabalho, a pedido das próprias bancárias. Ocorreram ainda três concessões de crédito especial e quatro flexibilizações de jornada de trabalho a pedido das próprias funcionárias vítimas de violência.
Segurança bancária
Os trabalhadores apresentaram dados de uma consulta, encomendada ao Dieese, com bancários de unidades de negócios e postos de autoatendimentos, de todas as regiões do país sobre o problema de segurança nos locais de trabalho: 69% disseram que sofreram, nos últimos 24 meses, algum tipo de agressão, partindo de clientes ou usuários. Em função desta situação, os sindicatos cobraram mais segurança nestas unidades.
As negociações em Julho
Terça (23): Financeiras – Cláusulas Econômicas
Quinta (25): Fenaban – Saúde (metas)
Sexta (26): BB – Saúde (metas)
Caixa (26) – Saúde (metas)