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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O tema foi a jornada de trabalho e as demandas do teletrabalho que foram debatidas pelos representantes da CEE-Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados, com a direção da Caixa Econômica Federal, na sexta-feira (12).
Os sindicalistas cobraram antes, uma resposta para as questões debatidas nas negociações anteriores, como emprego e carreira, em que os empregados querem novas contratações de bancários concursados e o fim das chamadas "funções minuto". A empresa promete trazer propostas no início de agosto.
A CEE cobrou ainda a presença de representantes da Funcef, o fudo de pensão dos trabalhadores da estatal, na mesa de negociações.
Uma pesquisa encomendada pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) revelou que os empregados estão insatisfeitos com a proposta elaborada pelo banco e a Funcef para o equacionamento dos déficits do plano.
"As propostas apresentadas pela Caixa não foram construídas em diálogo com os trabalhadores, o que levou a apresentar falhas e a trazer insatisfação entre os bancários", disse o diretor do Sindicato, da Federa-RJ e representantes da CEE-CAIXA, Rogério Campanate, que participou da reunião.
Teletrabalho
No item sobre Teletrabalho, os empregados cobraram uma proposta sobre o tema, já que a Caixa é o único entre os grandes bancos que não definiu a situação destes empregados após a pandemia da covid-19. Na época, a Caixa alegou que não poderia atender às reivindicações dos bancários porque era um período pré-eleitoral e o banco público não poderia conceder novos direitos aos empregados.
“Cobramos agora nossas reivindicações neste item porque a Caixa é o único dos grandes bancos que não tem um acordo específico sobre o teletrabalho ", ressaltou Campanate.
Jornada de trabalho
Na questão da jornada de trabalho, a CEE cobrou uma solução para o banco sobre as horas negativas. "Os sindicatos têm recebido várias denúncias de que alguns gestores estão orientando os empregados a acumularem horas negativas e a usarem somente num outro momento em que a agência bem entender. Isto tem trazido prejuízos para o bancário já que o gestor passa a interferir, ao seu bel prazer, na vida do trabalhador. A gente tem uma jornada fixa para que o bancário possa planejar suas vida pessoal e familiar", acrescentou o dirigente do Rio.
"Além disso, o empregado acaba trocando uma hora negativa por outra e nós sabemos que a hora extraordinária garante 50% a mais", destacou Rogério.
A Caixa alega que, conforme a regra da RH035, já não existe mais esta possibilidade reivindicada pelos trabalhadores da empresa, mas apenas uma previsão de compensação quando o empregado necessitar de uma ausência no trabalho.
"Lembramos ao banco que o gestor não pode obrigar o empregado a fazer hora negativa porque isso é prejudicial e traz transtornos à vida do trabalhador", completou Campanate.