Segunda, 01 Julho 2024 18:46

Itaú se aproveita de fragilidade de bancários adoecidos para fazer acordo de desligamento

Banco procura funcionários em licença médica para propor indenização em troca da estabilidade do emprego

Os sindicatos tomaram conhecimento de que o Itaú tem se aproveitado da situação fragilizada de bancários em licença médica para procurar estes trabalhadores e propor o fim da estabilidade em troca de uma indenização. 
A diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel, considera a prática do banco indecente e absurda. 
"O funcionário se encontra adoecido por causa da pressão e do assédio moral em função das metas abusivas impostas pelo banco, a maioria sofrendo de doenças psíquicas. O Itaú tem se aproveitado dessa situação fragilizada em que se encontra o funcionário para propor a indenização em troca do emprego. É um momento inadequado para propor qualquer tipo de plano de demissão e uma prática desumana", critica Maria Izabel. 

Trabalhador descartável 

O Itaú alega que a opção para a demissão é "voluntária" e "opcional". 
"O bancário não quer propostas em troca de seu emprego, mas sim, ser valorizado pelo banco como funcionário e ter sua dignidade respeitada", acrescentou a dirigente sindical. 
Caso o bancário ou bancária se sinta coagido para aderir à dispensa, deve denunciar imediatamente ao Sindicato, através dos telefones (21) 2103-4121/4124/4172 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
De acordo com os relatos dos trabalhadores, um representante da área de Pessoas do banco entra em contato por telefonema e afirma ter uma proposta, não obrigatória, para que ele seja desligado do Itaú. É informado ainda que, caso não aceite a proposta, seu trabalho no banco "segue normalmente".
"Em vez de valorizar o funcionário, o banco deixa claro que está descartando o trabalhador", criticou Izabel. 
A proposta apresentada refere-se a uma verba referente ao plano de saúde, a depender do tempo de casa, da estabilidade e de outros direitos garantidos pela CCV (Comissão de Conciliação Voluntária).

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