Sexta, 28 Junho 2024 12:36
LÍDER EM HOMOFOBIA

Brasil ainda tem os mais altos índices de violência contra a comunidade LGBTQIAPN+

Campanha Nacional dos Bancários defende igualdade de oportunidades e fim de toda a forma de discriminação nos bancos
Os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ fazem parte da luta permanente da categoria nos bancos Os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ fazem parte da luta permanente da categoria nos bancos Foto: Divulgação

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Brasil possui uma marca que revela o absurdo nível de intolerância com as diferenças: é o país mais homofóbico do mundo, com recordes de violência contra a comunidade LGBTQIAPN+. 

É estarrecedor o número de travestis, transexuais e transgêneros assassinadas antes de completar 40 anos: do total de 110 vítimas trans, 83% morreram entre os 15 e 39 anos.

O preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+ é considerado crime no Brasil desde 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a homofobia e a transfobia aos crimes de racismo. A decisão foi considerada um grande avanço no país, mas nem assim houve redução nos ataques contra os homossexuais. 

Pretas e pardas

Em relação à cor, 120 das vítimas foram identificadas como pardas (46,8%) e pretas (14,8%), 37,1% brancas e 1% indígenas.

Números de 2022

Em 2022, a cada 34 horas um LGBT+ foi vítima de morte violenta no Brasil. 

A pesquisa faz parte de um relatório da Diretoria de Promoção dos Direitos LGBT do Ministério dos Direitos Humanos. O órgão havia sido extinto pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

De 2011 a 2018 foram registradas 552 mortes de LGBTs, ou seja, uma vítima de homofobia a cada 16 horas no país. 

Igualdade de oportunidades 

O movimento sindical luta pela visibilidade trans no mercado de trabalho e igualdade de oportunidades, assim como em relação às mulheres e os trabalhadores pretos e pretas. 

Como sempre, a categoria bancária tem sido vanguarda nos direitos também dos LGBTQIAPN+. Em 2000, os trabalhadores e as trabalhadoras bancárias conquistaram a inclusão do tema igualdade de oportunidade nas mesas de negociação. Em 2009, foi a vez da licença-maternidade de 180 dias, com extensão de direitos aos casais homoafetivos.

 

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