Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio realizou nesta quarta-feira (26), em Madureira, mais uma caravana da Campanha Nacional da categoria 2024. 

Esta é a terceira atividade na cidade. As duas anteriores ocorreram no Centro e em Campo Grande, na Zona Oeste.

O diretor executivo da Secretaria de Cultura do Sindicato, Gilberto Leal, falou da importância da participação da categoria nas atividades de mobilização nos locais de trabalho e nas redes sociais. 

"É o nível de participação dos bancários e bancárias que vai determinar o êxito desta Campanha Salarial e este ano temos o desafio de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho ", destacou Gilberto. 

O dirigente sindical falou ainda da luta pela garantia no emprego, que foi o tema da primeira negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em São Paulo, na mesma quarta-feira. 

"Os bancos lucraram em 2023, R$144,2 bilhões, um recorde. Nada justifica os bancos fecharem tantas agências, demitindo trabalhadores e terceirizando mão de obra para ganhar ainda mais dinheiro. É pura ganância e falta de responsabilidade social dos banqueiros", acrescentou Gilberto.

Bancos lucram mais

O diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, Leuver Ludolff, também criticou os bancos por demitirem tantos trabalhadores  

"Não é possível que instituições tão lucrativas, como Bradesco, Itaú e Santander continuem exterminando tantos empregos e desrespeitando a população, especialmente os idosos e os mais pobres, que são os que mais necessitam do atendimento presencial, pois muitos ainda têm dificuldades de operar as plataformas digitais ", destacou Leuver. 

Mesmo batendo recorde nos lucros, em 2023 os bancos extinguiram seis mil postos de trabalho. 

População apoia bancários 

O diretor do Sindicato e secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, dialogou com os bancários e os clientes e usuários dos bancos sobre a relevância do apoio de todos à campanha da categoria. 

"A situação cada vez mais precária no atendimento presencial à população nas agências é fruto do fechamento de unidades físicas e das demissões impostas pelos bancos. Nossa luta é pelo emprego e por melhores condições de saúde e de trabalho para os bancários e bancárias, mas também pelo direito da população de ser atendida na boca do caixa. Para isso, os bancos precisam cessar a extinção de agências e contratar mais funcionários para o atendimento", explicou Almir, que convocou a categoria a participar da campanha e a pressionar os bancos nas mesas de negociação. 

A população reclamou muito do atendimento nos bancos e apoiou a atividade dos bancários. 

Nas redes sociais, a hashtag #JuntosPeloEmprego esteve no topo do dia como tema principal da plataforma X, antigo Twitter.