Sexta, 21 Junho 2024 17:48

Garantir os empregos será tema da primeira negociação com a Fenaban, nesta quarta-feira (26)

Tema é uma das maiores preocupações dos trabalhadores dos bancos privados
Geraldo Ferraz,  diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, lembra que a defesa do emprego é uma das prioridades da Campanha Salarial 2024 Geraldo Ferraz, diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, lembra que a defesa do emprego é uma das prioridades da Campanha Salarial 2024 Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Comando Nacional dos Bancários se reunirá, na próxima quarta-feira (26), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a primeira mesa de negociação da Campanha Salarial 2004. A minuta foi entregue aos bancos no último dia 18 (terça-feira), em São Paulo. 

Na pauta do primeiro encontro entre representantes da categoria e do sistema financeiro, uma das questões que mais preocupam bancários e bancárias do setor privado: o emprego. 

Este ano será definida a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). 

“A categoria precisa estar mobilizada para fazermos um bom acordo coletivo”, reforça a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Fechamento de agências 

Nos últimos cinco anos, os bancos fecharam 3,2 mil agências em todo o país, sendo 88% delas de estabelecimentos privados. No mesmo período, houve uma redução de 20,7 mil postos de trabalho bancário. Os números são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

"Os bancos continuam faturando bilhões todo ano e elevando exponencialmente seus lucros. As novas tecnologias, através da digitalização do sistema financeiro e agora com a Inteligência Artificial, precisam ser um instrumento para trazer mais qualidade de vida para os trabalhadores, com a redução da jornada para quatro dias semanais e a geração de mais empregos, qualificando os bancários e bancárias, e não para extinguir empregos, demitindo em massa e acumulando mais capital, elevando ainda mais os lucros, como pretendem os banqueiros", criticou o diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, GeraldoFerraz.  

lucros crescem

Somente em 2023, os bancos registraram no Brasil um crescimento de 5%, em comparação ao ano imediatamente anterior, o que significou um lucro líquido de R$ 145 bilhões no período.

"A defesa dos empregos é uma pauta prioritária nesta Campanha Nacional da categoria, por isso, ante a extinção de tantos postos de trabalho, especialmente no Bradesco, Itaú e Santander, será crucial a participação dos bancários e bancárias nas atividades do Sindicato", destacou o presidentedoSindicatodoRioJoséFerreira.  

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