Quinta, 20 Junho 2024 21:14

Por unanimidade, assembleia bancária aprova contas de 2023 do Sindicato

Momento da aprovação do balanço financeiro no auditório do Sindicato. Foto: Nando Neves. Momento da aprovação do balanço financeiro no auditório do Sindicato. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Em assembleia no final da tarde desta quinta-feira (20/6), a categoria bancária aprovou, por unanimidade, o balanço financeiro de 2023 do Sindicato dos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro. Pouco antes, o diretor financeiro da entidade, Jorge Lourenço, fez uma explanação sobre a redução da receita, em função, sobretudo, da diminuição sistemática dos postos de trabalho, enumerando uma série de decisões tomadas para a economia das despesas, medidas que, no entanto, não foram suficientes para evitar o déficit verificado no ano passado de R$ 1,97 milhão.

“Vamos continuar perseguindo o equilíbrio financeiro, fundamental para o fortalecimento do Sindicato como instrumento de luta dos bancários e bancárias, principalmente porque, este ano, temos que estar preparados para investir pesadamente nas atividades da Campanha Nacional”, afirmou. Entre as medidas de contenção das despesas implementadas estão a redução do consumo de energia, água e outras despesas administrativas, bem como acordos para a redução da folha.

Fortalecer o Sindicato – Levantamento feito pela entidade mostrou que em 2005 eram cerca de 30 mil bancários na cidade do Rio de Janeiro, base do Sindicato, sendo que, destes, 16 mil eram sindicalizados. Em 2023 estes números passaram, respectivamente, para pouco mais de 17 mil, sendo 8 mil filiados. “Em 10 anos, de 2014 a 2024, como reflexo da redução dos postos de trabalho, o número de sindicalizados caiu 50,54%”, explicou

A diretora Maria Izabel Menezes, chamou a atenção para a importância da sindicalização para o fortalecimento do Sindicato. Lembrou que, para isto, foi constituído um grupo de trabalho especificamente para fazer apresentações nas agências e outras unidades sobre os serviços prestados pela entidade à categoria e a organização das lutas, sejam elas salariais, por inúmeros direitos, contra as demissões, fechamento de agências e assédio, entre outras. Rogério Campanate, coordenador do GT, disse que já está tudo pronto para intensificar a ida às agências.

“Vamos combinar este trabalho de mostrar a importância da entidade sindical para a vida das bancárias e bancários, com o debate sobre os temas da Campanha Nacional”, explicou.

Energia solar – O presidente do Sindicato, José Ferreira, citou o investimento em placas fotovoltaicas, para dotar a entidade de uma forma autônoma de energia, como uma maneira de reduzir o consumo de eletricidade tradicional, e também, geradora de receita com a venda do excedente. Lembrou que o Sindicato, com a mudança colabora, ainda, para a conservação do meio ambiente. Ressaltou a importância da contribuição negocial feita sobre os salários de toda categoria, nas campanhas salariais para a geração de receita.

Ataque ao movimento sindical – José Ferreira lembrou que há vários partidos, principalmente de ultra direita, apresentando projetos no Congresso Nacional, visando reduzir o poder de fogo dos sindicatos. O objetivo é enfraquecer a luta pela manutenção de direitos que estes partidos querem cortar, e por mais conquistas, e também de olho nas eleições de 2026, por saberem que o movimento sindical apoia candidatos progressistas que defendem os interesses dos trabalhadores. Entre os projetos citou o do senador Rogério Marinho (PSDB-RN) que dificulta o recebimento da contribuição negocial pelos sindicatos.

Debates importante com a sociedade – A presidente da Federação Estadual das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ), Adriana Nalesso, frisou que existe uma disputa na sociedade entre a extrema-direita e o campo progressista, em todo os níveis. “Temos que fazer este debate, pois estão acontecendo ataques a vários segmentos da sociedade, por exemplo, contra os sindicatos, mas também outras investidas, como o projeto do estupro, o PL-1904, que pune mulheres e crianças vítimas desta violência covarde, que fizerem aborto previsto em lei para estes casos, com penas maiores do que as dos próprios estupradores”, disse.

Caminhada contra PL do estupro – Acrescentou que graças às mobilizações nacionais das mulheres o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, adiou a votação do PL. “Mas exigimos o seu arquivamento. Para isto, vamos continuar nas ruas. É fundamental a participação da categoria bancária na caminhada de domingo, em Copacabana, com concentração às 10 horas, do Posto 4. Vamos juntos derrotar este PL”, convocou.

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