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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
De 1933 a 1945, adolescentes, meninos e meninas alemães foram incorporados em massa à trituradora ideológica e militar do nazismo e muitos se tornaram autores dos crimes do regime nos campos de concentração. Quando a Alemanha se viu a caminho da derrota para os aliados, em especial para o Exército Vermelho soviético, primeiro a invadir Berlim, muitos adolescentes do sexo masculino e feminino decidiram entrar no front e eram incentivados pelo führer. Os mais fanáticos pediam para serem incorporados ao combate nas divisões mecanizadas de elite, chegando a somar 5,4 milhões do exército juvenil em dezembro de 1936.
Passados quase 90 anos, o alistamento de adolescentes para a guerra passa a ser novamente uma triste realidade.
Com o avanço do exército russo no conflito com a Ucrânia, para o presidente ucraniano Vlodomir Zelenski não bastou receber bilhões de dólares em armas dos EUA e da Europa e conseguir com este poderoso arsenal possa ser utilizado em ataques ao território russo.
Incentivo do exército
Zelensky, que parece não se render à possibilidade de uma negociação de paz, recrutou para a 95ª Brigada, alunos do primeiro ano da Universidade Nacional de Kiev. Após a realização de um evento dedicado aos militantes mortos da brigada, os oficiais começaram a incentivar os estudantes a ingressarem nas Forças Armadas da Ucrânia. O presidente ucraniano e seu exército deram especial ênfase às estudantes do sexo feminino: o oficial da brigada disse-lhes que a sua contribuição seria “inestimável”, especialmente devido às suas “qualidades femininas”, e esta tem sido a tônica dos militares de Kiev dirigida às garotas que não tinham mais que 17 anos.
A partir do aumento da tensão na fronteira entre os dois países, antes mesmo do conflito, o governo de Zelensky treinou crianças a partir de seus anos em caso de guerra.
Crianças e adolescentes órfãs que foram acolhidas em países como a Alemanha, narraram que aprendiam na escola a odiar os russos e a vê-los como inimigos incondicionais.
Exército juvenil de Hitler
As semelhanças históricas não param por aí, inclusive no embate ideológico de narrativas dos dois lados. O presidente da Rússia Vladimir Putin acusa Zelensky de motivar a russofobia e o líder da Ucrânia disse não ver problema em ter como aliado contra os russos o grupo armado de extrema-direita neonazista Azov, que não hesita em usar símbolos da SS Nazista de Hitler.
As cenas do recrutamento das adolescentes impactou negativamente o mundo, mesmo aqueles ocidentais que apoiam a Ucrânia no conflito.
Zelensky critica Lula
Zelensky não aceita outra posição dos líderes internacionais que não seja o apoio incondicional de ajuda militar e logística ao seu país no conflito. Criticou o governo brasileiro por não tomar parte da guerra. A neutralidade é uma tradição diplomática nacional. O presidente ucraniano elevou o tom das críticas por não ter tido o apoio do Palácio do Planalto, que defende o cessar-fogo imediato e uma negociação de paz. Lula declarou que "ambos precisam ceder" e mais recentemente, que Putin e Zelensky "parecem gostar da guerra".
"Pensei que ele [Lula] tinha uma compreensão maior do mundo”, declarou, acusando o presidente brasileiro de "fazer eco ao discurso de Vladimir Putin ". Tudo porque Lula primeiro, se negou a enviar armas ao exército ucraniano e segundo por defender que os dois países cessem a guerra e sentem à mesa para negociar a paz.
Em que pese a necessidade de defender seu país, esta parece ser uma outra face de Zelensky, longe dos holofotes da mídia ocidental que o apresenta como "um herói global" por insistir em manter o conflito a todo custo e tentar derrotar o exército russo para ajudar a Casa Branca a derrubar Putin do Kremlin. Para isso, o presidente da Ucrânia não vê limites e agora, como Hitler, recruta meninos e meninas adolescentes. Tudo sob o risco real de levar as duas maiores potenciais militares do mundo a um conflito nuclear.